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Entrevista concedida à repórter Michele Rolim em função da exposição na Casa da Gravura
Jornal do Comércio, Porto Alegre, RS | novembro de 2010

1 - Você considera que as suas obras são, de certa forma, uma arte-arma? 

MAGLIANI - Considero que é preciso haver mais arte para que existam menos armas. 

2 - Quais são as suas principais influências? 

MAGLIANI - Depois de tanto tempo de trabalho e de tantas mudanças, todas as influencias estão tão misturadas que não há mais sentido em identificá-las. No momento eu digo que tanto Van Gogh quanto Google. 

3 - O que é mais importante pra você dentro das artes, a linguagem adotada ou o significado atribuído a ela? 

MAGLIANI - Sem dúvida a primeira.O significado atribuído tem muito a ver com as expectativas de cada observador, raramente com o trabalho e o que está proposto. É,quase sempre superficial e produto de pouca atenção. 

4 - Como foi o teu início dentro das artes? E o que te levou a buscar isso como profissão? 

MAGLIANI - Já não localizo um início datado. Eu comecei a pintar e não parei ,é isto. A primeira exposição foi em 1966 mas certamente não foi o início. No momento, acho que arte é uma atividade, não uma profissão. 

5 - Da década de 1960 você atuou como atriz, integrando o elenco em montagens como La Celestina, de Rojas, As criadas, de Jean Genet, e no papel titulo de O Negrinho do Pastoreio, de Delmar Mancuso. O teatro de alguma forma influenciou o teu trabalho atual? 

MAGLIANI - Estar no palco me trouxe uma nova maneira de perceber o espaço que passou a fazer parte do espaço na pintura. 

6 - Na exposição, da Casa da Gravura, estão três séries cartas, Figuras eróticas e Dançantes, além de outros trabalhos e das xilos, quais as principais características de cada série? 

MAGLIANI - Nas "Cartas" a exacerbação da cor; em "Dançantes" o grafismo; não há "Figuras eróticas", não intencionalmente.Trata-se de uma interpretação, da qual discordo. 

7 - Como a cor é determinante no teu trabalho? 

MAGLIANI - Como desafio, desde sempre. Necessidade de criar uma cor que seja a realidade da pintura. Matisse ajuda. 

8 - Você é natural de Pelotas e está morando no RJ, desde quando? O lugar que você cria tem influência nas tuas obras?

MAGLIANI - Não mudei para o Rio; apenas estou aqui no momento não lembro desde quando e nem sei por quanto tempo, como estive em outros lugares. Gosto de pensar que vivo em movimento,em direção a.

9 - O erotismo, a negritude e o feminismo são temas recorrentes da tua obra? Quais os outros?

MAGLIANI - Não, não são. O que é recorrente no meu trabalho:
A atenção ao desenho, a busca de uma interação própria entre as cores (das tintas, não da pele) e a possibilidades plásticas da figura humana (não especificamente feminina). Figuras e objetos são formas, não temas.


10 - Você já pintou paisagens. Mas agora tem um trabalho voltado para a figura humana, por que esse interesse? Pretende voltar a pintar paisagens?

MAGLIANI - Se estás considerando montanhas fazendo "duetos" com formas humanas em alguns trabalhos,eu não chamaria de "paisagens". Não lembro de ter pintado paisagens depois dos 9 anos de idade. Mas gostei da ideia, obrigada. Acho que vou inventar algumas.

11 - O teu trabalho tem viajado bastante. Para quais países ele já foi?

MAGLIANI - Que eu saiba: França, Itália, Portugal, Holanda, Alemanha e Estados Unidos.

12 - A primeira impressão que temos ao olhar uma obra sua é que ela é bastante impulsiva, em que momento entra a racionalidade?

MAGLIANI - Não identifico impulsividade no meu trabalho. Há o impulso em direção à tela mas todo o gesto passa ,necessariamente pelo pensamento. Um pensamento plástico e não explicitável através de outro meio que não a própria pintura.

13 - Como você avalia o mercado de arte brasileiro? Hoje é possível viver só da arte? Você mantém alguma atividade paralela como fonte de renda?

MAGLIANI -
Ainda não é profissional o bastante para prescindir de fatores extra- arte, mas esta é uma impressão superficial e não me sinto em condições de ir além disto. A arte exige cada vez mais dedicação exclusiva. Ou não acontece. Como sou meio alternativa, nada consumista e bastante quixotesca, vou em frente. 
Estudio Dezenove | Travessa do Oriente 16A , Santa Teresa, Rio de Janeiro - Brasil  T. (55) (21) 2232 6572
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