Maria Lídia Magliani
(Pelotas, RS, 1946 – Rio de Janeiro, RJ, 2012)
Magliani criança.
Acervo Núcleo Magliani |
Magliani, à esquerda da foto, sua mãe, seu pai, e seus irmãos, c.1965 - Acervo Núcleo Magliani
|
1950
A família muda-se para Porto Alegre, passando a residir na Rua Felipe dos Passos, número 99, bairro Sarandi.
Inicia seus estudos no Ginásio Estadual Cândido José de Godoy.
Eu comecei a pintar com 9 anos de idade. Antes disso, no entanto, eu já desenhava, como todas as crianças desenham. Só acontece que eu era uma dessas crianças que não parou de desenhar. Aliás, não imagino a minha vida sem o desenho. Quando eu tinha 9 anos, meu pai levou uma revista para casa, onde havia reproduções de Van Gogh. Eu me entusiasmei na hora, de tal maneira que ele me deu logo uma caixa com tintas. Essa caixa eu tenho até hoje. Naquele momento resolvi ser pintora.[1]
Magliani, 1977
1963
Ingressa no Curso de Artes Plásticas da Escola de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ao longo de seus estudos, recebe auxílio financeiro da família de João Giugliani Filho.
Monta as suas primeiras telas de pintura usando sacos de aniagem, com o auxílio do pai.
A família muda-se para Porto Alegre, passando a residir na Rua Felipe dos Passos, número 99, bairro Sarandi.
Inicia seus estudos no Ginásio Estadual Cândido José de Godoy.
Eu comecei a pintar com 9 anos de idade. Antes disso, no entanto, eu já desenhava, como todas as crianças desenham. Só acontece que eu era uma dessas crianças que não parou de desenhar. Aliás, não imagino a minha vida sem o desenho. Quando eu tinha 9 anos, meu pai levou uma revista para casa, onde havia reproduções de Van Gogh. Eu me entusiasmei na hora, de tal maneira que ele me deu logo uma caixa com tintas. Essa caixa eu tenho até hoje. Naquele momento resolvi ser pintora.[1]
Magliani, 1977
1963
Ingressa no Curso de Artes Plásticas da Escola de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ao longo de seus estudos, recebe auxílio financeiro da família de João Giugliani Filho.
Monta as suas primeiras telas de pintura usando sacos de aniagem, com o auxílio do pai.
1964
Exposição coletiva
Centro Acadêmico Tasso Corrêa, Escola de Artes da UFRGS, Porto Alegre.
1965
Curso intensivo de arte na educação.
Exposição coletiva
II Salão de Alunos da Escola de Artes da UFRGS. Menção honrosa em pintura.
1966
Forma-se em Pintura (Artes Plásticas) pela Escola de Artes da UFRGS. É uma das primeiras mulheres negras a se formar em Artes pela instituição. Antes dela, formou-se em Pintura a porto-alegrense Beatriz Araújo Moreira da Silva, em 1964, mas Magliani foi pioneira em construir uma trajetória dedicada à arte.
Exposição individual
Galeria Espaço, Porto Alegre, incentivada por seu professor Ado Malagoli.
Exposição coletiva
Centro Acadêmico Tasso Corrêa, Escola de Artes da UFRGS, Porto Alegre.
1965
Curso intensivo de arte na educação.
Exposição coletiva
II Salão de Alunos da Escola de Artes da UFRGS. Menção honrosa em pintura.
1966
Forma-se em Pintura (Artes Plásticas) pela Escola de Artes da UFRGS. É uma das primeiras mulheres negras a se formar em Artes pela instituição. Antes dela, formou-se em Pintura a porto-alegrense Beatriz Araújo Moreira da Silva, em 1964, mas Magliani foi pioneira em construir uma trajetória dedicada à arte.
Exposição individual
Galeria Espaço, Porto Alegre, incentivada por seu professor Ado Malagoli.
1967
Pós-graduação em Pintura com Ado Malagoli no Instituto de Artes, UFRGS.
Formação Pedagógica pela Faculdade de Filosofia e estágio no Colégio de Aplicação, ambos da UFRGS.
Nesse período, estabelece amizade com o escritor Caio Fernando Abreu.
Madrugada, luz de vidro,
Rosto esperado, esperando.
A lua de vidro é verde. E me queima.
Calo e volto.
No espaço me desenho: cavalo branco na escuridão.[1]
Magliani, 1967
[1] Trecho do poema de Magliani dedicado a Caio Fernando Abreu, Cavalo branco na escuridão, 28/11/1967. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
Trabalha, até o ano seguinte, como assistente da diretora da Galeria Leopoldina.
Produz capas de programas teatrais até o ano 1969.
Recebe Troféu Destaque Feminino em Artes, da TV Difusora, Porto Alegre.
Exposição individual
Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
Exposições coletivas
II Salão de Arte Universitária do Rio Grande do Sul, Galeria Sete Povos, Porto Alegre.
3° Salão Cidade de Porto Alegre, realizado pela Prefeitura de Porto Alegre com a colaboração da Escola de Artes da UFRGS.
III Salão de Arte Contemporânea de Campinas, Museu de Arte Contemporânea José Pancetti, SP.
"Supermercado de Artes", Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
“Festival de Artes”, Galeria Sete Povos, Porto Alegre.
Pós-graduação em Pintura com Ado Malagoli no Instituto de Artes, UFRGS.
Formação Pedagógica pela Faculdade de Filosofia e estágio no Colégio de Aplicação, ambos da UFRGS.
Nesse período, estabelece amizade com o escritor Caio Fernando Abreu.
Madrugada, luz de vidro,
Rosto esperado, esperando.
A lua de vidro é verde. E me queima.
Calo e volto.
No espaço me desenho: cavalo branco na escuridão.[1]
Magliani, 1967
[1] Trecho do poema de Magliani dedicado a Caio Fernando Abreu, Cavalo branco na escuridão, 28/11/1967. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
Trabalha, até o ano seguinte, como assistente da diretora da Galeria Leopoldina.
Produz capas de programas teatrais até o ano 1969.
Recebe Troféu Destaque Feminino em Artes, da TV Difusora, Porto Alegre.
Exposição individual
Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
Exposições coletivas
II Salão de Arte Universitária do Rio Grande do Sul, Galeria Sete Povos, Porto Alegre.
3° Salão Cidade de Porto Alegre, realizado pela Prefeitura de Porto Alegre com a colaboração da Escola de Artes da UFRGS.
III Salão de Arte Contemporânea de Campinas, Museu de Arte Contemporânea José Pancetti, SP.
"Supermercado de Artes", Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
“Festival de Artes”, Galeria Sete Povos, Porto Alegre.
1968
Exposições coletivas
Artistas gaúchos, Leme Palace Hotel, Rio de Janeiro.
Coletiva internacional, Chelsea Art Gallery, São Paulo.
Mudou muito, em um ano, o caráter da minha pintura. Já não vejo o lirismo que me atingiu em outro tempo. Agora sou uma delatora do desencontro. Desencontro sob todas as formas, do homem com o homem, do homem com seu mundo, dominado pela máquina. A denúncia da ausência de comunicação é o meu tema atual.[1]
Magliani, 1968
1969
Atua na peça As criadas, de Jean Genet, direção de Miguel Grant, em produção para o Aldeia 2, um teatro-garagem que fez sucesso na Rua Santo Antônio, bairro Bom Fim, Porto Alegre. Atuam Maria de Lourdes Anagnostopoulos, Araci Esteves e Simone Fontoura. Nos papéis do coro, o bailarino Rubens Barbot, os percussionistas Giba Giba e Chaplin, Magliani e Renato Rosa, como "Corifeu".
Cria com Francisco Aron, com quem teve um longo relacionamento, o Espaço de Arte, no corredor do Teatro Aldeia 2, e nele expõe pinturas e objetos artesanais.
Ilustra o conto de Caio Fernando Abreu, O mar mais longe que eu vejo, no jornal Correio do Povo, Porto Alegre. No mesmo veículo, ilustrará uma série de outros contos do escritor.
Faz curso de litografia no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre e participa de exposição coletiva de alunos.
Exposições coletivas
4° Salão Cidade de Porto Alegre.
"Venda pública de arte", Galeria Sete Povos, Porto Alegre.
Feira de Arte Contemporânea, Pelotas, RS.
"I Liquidação de Arte", Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
Mostra ligada ao XV Congresso de Oftalmologia, Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
"Momento um", Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia da UFRGS, Porto Alegre.
Pintores gaúchos, Galeria Pancetti, Porto Alegre.
O primeiro trabalho me trouxe à tona três figuras inesquecíveis de minha juventude, os inseparáveis Renato Rosa, Chico Aron e Magliani, que constituíam uma unidade em sua diversidade, que me intrigava e atraía. Representavam para mim um mundo mágico, um pouco misterioso e perigoso... Fico lembrando daquela figurinha que conheci há vinte anos, magra como um palito, toda de preto, estranhíssima. Figurinha que assustava, porque nunca se sabia o que esperar dela, se aprovação entusiasmada ou crítica feroz. Percebia-se no seu jeito toda a negação do mundo burguês bem comportado.[2]
Maria Amélia Bulhões, 1987
[1] Renato Gianuca. É a arte uma profissão? Correio do Povo, Porto Alegre, 9 nov. 1968, Caderno de Sábado, p. 15. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] Maria Amélia Bulhões. Sem título, com palavras. Pra Ver, Porto Alegre, abr. 1987. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
Exposições coletivas
Artistas gaúchos, Leme Palace Hotel, Rio de Janeiro.
Coletiva internacional, Chelsea Art Gallery, São Paulo.
Mudou muito, em um ano, o caráter da minha pintura. Já não vejo o lirismo que me atingiu em outro tempo. Agora sou uma delatora do desencontro. Desencontro sob todas as formas, do homem com o homem, do homem com seu mundo, dominado pela máquina. A denúncia da ausência de comunicação é o meu tema atual.[1]
Magliani, 1968
1969
Atua na peça As criadas, de Jean Genet, direção de Miguel Grant, em produção para o Aldeia 2, um teatro-garagem que fez sucesso na Rua Santo Antônio, bairro Bom Fim, Porto Alegre. Atuam Maria de Lourdes Anagnostopoulos, Araci Esteves e Simone Fontoura. Nos papéis do coro, o bailarino Rubens Barbot, os percussionistas Giba Giba e Chaplin, Magliani e Renato Rosa, como "Corifeu".
Cria com Francisco Aron, com quem teve um longo relacionamento, o Espaço de Arte, no corredor do Teatro Aldeia 2, e nele expõe pinturas e objetos artesanais.
Ilustra o conto de Caio Fernando Abreu, O mar mais longe que eu vejo, no jornal Correio do Povo, Porto Alegre. No mesmo veículo, ilustrará uma série de outros contos do escritor.
Faz curso de litografia no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre e participa de exposição coletiva de alunos.
Exposições coletivas
4° Salão Cidade de Porto Alegre.
"Venda pública de arte", Galeria Sete Povos, Porto Alegre.
Feira de Arte Contemporânea, Pelotas, RS.
"I Liquidação de Arte", Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
Mostra ligada ao XV Congresso de Oftalmologia, Galeria Leopoldina, Porto Alegre.
"Momento um", Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia da UFRGS, Porto Alegre.
Pintores gaúchos, Galeria Pancetti, Porto Alegre.
O primeiro trabalho me trouxe à tona três figuras inesquecíveis de minha juventude, os inseparáveis Renato Rosa, Chico Aron e Magliani, que constituíam uma unidade em sua diversidade, que me intrigava e atraía. Representavam para mim um mundo mágico, um pouco misterioso e perigoso... Fico lembrando daquela figurinha que conheci há vinte anos, magra como um palito, toda de preto, estranhíssima. Figurinha que assustava, porque nunca se sabia o que esperar dela, se aprovação entusiasmada ou crítica feroz. Percebia-se no seu jeito toda a negação do mundo burguês bem comportado.[2]
Maria Amélia Bulhões, 1987
[1] Renato Gianuca. É a arte uma profissão? Correio do Povo, Porto Alegre, 9 nov. 1968, Caderno de Sábado, p. 15. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] Maria Amélia Bulhões. Sem título, com palavras. Pra Ver, Porto Alegre, abr. 1987. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1970
Trabalha como cenógrafa e figurinista de diversas montagens teatrais até o ano de 1979.
É professora de Artes Plásticas, lecionando para crianças de 4 a 6 anos em escola estadual de Porto Alegre.
Me parece que, no fundo, o erro é que nós sempre estamos querendo levar a arte ao povo, quando na verdade o povo é que deveria chegar até a arte. Com isso eu quero dizer que vai ser só depois que a gente criar toda uma educação de base, desde criancinha, a respeito do valor e do significado da arte, que tudo o que se fizer neste campo terá alguma possibilidade de germinar. Senão, eu desconfio que sempre vamos estar começando tudo de novo a cada momento…[1]
Magliani, 1974
Cenário, com Elton Manganelli, para a peça Não saia da faixa de segurança, de Carlos Carvalho e Francisco Aron, no Teatro Aldeia 2, em Porto Alegre. Espetáculo proibido pela censura estadual e liberado pela censura federal, em 1972. Não foi montado.
Protagoniza a montagem de O negrinho do pastoreio, adaptada do conto de Simões Lopes Neto, direção de Delmar Mancuso, produção de Fernando Strehlau e elenco de 24 atores e músicos, entre eles, Déa Mancuso, Margarida Linera, Raul Machado e Ademir Gerry. Theatro São Pedro, Porto Alegre.
Atua na peça A Celestina, de Fernando de Rojas, que estreia no Círculo Social Israelita de Porto Alegre. No elenco, Luiz Francisco Fabretti, Maria Luiza Martini, Arine Ibias, Cecília Niesenblat, Luis Carlos Magalhães, Raul Machado e Vaniá Brown; musicalização de Aroldo Hugo e produção e direção de Luís Artur Nunes.
A peça de Fernando de Rojas, adaptada por Luís Artur Nunes, é toda movimento. Magliani, uma das melhores intérpretes de "A Celestina". Surpreende pelo talento, sensibilidade e riqueza de sua expressão corporal. […] Teatro, para ela, é um meio de crescer na pintura. Assim como o artesanato de "Pois é". Não gosta da especialização. Como ela, é um pouco de cada coisa. "Tudo isso para aprender a pintar. Sempre é um pincel a mais."[2]
Folha da Manhã, 1970
Exposição coletiva
Salão Feira de Arte, Banco de Boston, Porto Alegre.
1971
Um de seus retratos feitos pelo fotógrafo Luiz Carlos Felizardo é publicado na segunda edição de Pato Macho, jornal alternativo porto-alegrense, cujo editor-chefe é Luis Fernando Veríssimo.
Cria cenário e figurinos, com Elton Manganelli, e atua na peça O baile dos ladrões, de Jean Anouilh, espetáculo do Grupo de Teatro Província, com direção de Carlos Carvalho, no Teatro de Câmara, em Porto Alegre. No elenco, Suzana Saldanha, Luís Artur Nunes e outros.
Integra comissão julgadora do 4° Salão do Centro Acadêmico Tasso Corrêa, na Pinacoteca do Instituto de Artes da UFRGS.
Exposições individuais
Galeria de Arte do Teatro de Câmara da Prefeitura de Porto Alegre.
Galeria Oca Morganti, Porto Alegre.
Exposições coletivas
Cyclo Galeria de Arte, Porto Alegre.
Mostra de mini-trabalhos, Esphera Galeria de Arte, Porto Alegre.
[1] Antonio Hohlfeldt. Magliani, um trabalho consciente que se define no condicional atual. Correio do Povo, Porto Alegre, 7 jun. 1974. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] “A Celestina”, uma tela em que Magliani pinta por instinto. Folha da Manhã, Porto Alegre, 23 abr. 1970, p. 33. Acervo Luís Artur Nunes.
Trabalha como cenógrafa e figurinista de diversas montagens teatrais até o ano de 1979.
É professora de Artes Plásticas, lecionando para crianças de 4 a 6 anos em escola estadual de Porto Alegre.
Me parece que, no fundo, o erro é que nós sempre estamos querendo levar a arte ao povo, quando na verdade o povo é que deveria chegar até a arte. Com isso eu quero dizer que vai ser só depois que a gente criar toda uma educação de base, desde criancinha, a respeito do valor e do significado da arte, que tudo o que se fizer neste campo terá alguma possibilidade de germinar. Senão, eu desconfio que sempre vamos estar começando tudo de novo a cada momento…[1]
Magliani, 1974
Cenário, com Elton Manganelli, para a peça Não saia da faixa de segurança, de Carlos Carvalho e Francisco Aron, no Teatro Aldeia 2, em Porto Alegre. Espetáculo proibido pela censura estadual e liberado pela censura federal, em 1972. Não foi montado.
Protagoniza a montagem de O negrinho do pastoreio, adaptada do conto de Simões Lopes Neto, direção de Delmar Mancuso, produção de Fernando Strehlau e elenco de 24 atores e músicos, entre eles, Déa Mancuso, Margarida Linera, Raul Machado e Ademir Gerry. Theatro São Pedro, Porto Alegre.
Atua na peça A Celestina, de Fernando de Rojas, que estreia no Círculo Social Israelita de Porto Alegre. No elenco, Luiz Francisco Fabretti, Maria Luiza Martini, Arine Ibias, Cecília Niesenblat, Luis Carlos Magalhães, Raul Machado e Vaniá Brown; musicalização de Aroldo Hugo e produção e direção de Luís Artur Nunes.
A peça de Fernando de Rojas, adaptada por Luís Artur Nunes, é toda movimento. Magliani, uma das melhores intérpretes de "A Celestina". Surpreende pelo talento, sensibilidade e riqueza de sua expressão corporal. […] Teatro, para ela, é um meio de crescer na pintura. Assim como o artesanato de "Pois é". Não gosta da especialização. Como ela, é um pouco de cada coisa. "Tudo isso para aprender a pintar. Sempre é um pincel a mais."[2]
Folha da Manhã, 1970
Exposição coletiva
Salão Feira de Arte, Banco de Boston, Porto Alegre.
1971
Um de seus retratos feitos pelo fotógrafo Luiz Carlos Felizardo é publicado na segunda edição de Pato Macho, jornal alternativo porto-alegrense, cujo editor-chefe é Luis Fernando Veríssimo.
Cria cenário e figurinos, com Elton Manganelli, e atua na peça O baile dos ladrões, de Jean Anouilh, espetáculo do Grupo de Teatro Província, com direção de Carlos Carvalho, no Teatro de Câmara, em Porto Alegre. No elenco, Suzana Saldanha, Luís Artur Nunes e outros.
Integra comissão julgadora do 4° Salão do Centro Acadêmico Tasso Corrêa, na Pinacoteca do Instituto de Artes da UFRGS.
Exposições individuais
Galeria de Arte do Teatro de Câmara da Prefeitura de Porto Alegre.
Galeria Oca Morganti, Porto Alegre.
Exposições coletivas
Cyclo Galeria de Arte, Porto Alegre.
Mostra de mini-trabalhos, Esphera Galeria de Arte, Porto Alegre.
[1] Antonio Hohlfeldt. Magliani, um trabalho consciente que se define no condicional atual. Correio do Povo, Porto Alegre, 7 jun. 1974. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] “A Celestina”, uma tela em que Magliani pinta por instinto. Folha da Manhã, Porto Alegre, 23 abr. 1970, p. 33. Acervo Luís Artur Nunes.
1972
Trabalha como diagramadora e ilustradora da Revista ZH do jornal Zero Hora, em Porto Alegre, onde permanecerá até 1974, e realiza alguns trabalhos para o jornal Diário de Notícias.
[Vejo a ilustração] como uma síntese do texto, do conteúdo, mais a opinião do próprio ilustrador. Quanto a isso não abro mão. O ilustrador não é um executor da ideia alheia. A ilustração não existe apenas para preencher um vazio, como elemento gráfico, conforme uma determinada corrente pensa. Ou para equilibrar a página sem ter nada a ver com o texto, com o tema tratado. No jornal, quando um editor tinha uma ideia pré-estabelecida para a ilustração, eu dizia: “Se você já sabe o que quer, pegue o lápis e faça você mesmo.”[1] Magliani, 1999
Ilustra a capa da Revista ZH, que dedica sete páginas aos 277 anos da morte de Zumbi dos Palmares. Jornal Zero Hora, Porto Alegre.
Interpreta Tirésias, o adivinho cego em Antígona, de Sófocles. Direção de Ivo Bender, na loja Rosacruz de Porto Alegre. No elenco, Caio Fernando Abreu, Romanita Disconzi, Vaniá Brown, Alba Lunardon, entre outros.
A ideia era compor o adivinho como um vidente de candomblé: Magliani aceitou a incumbência e logo percebi o acerto da escolha. A peça foi encenada sobre um longo tapete vermelho, no espaço sagrado de um templo rosa cruz. Magliani, como atriz, era intuitiva e muito disciplinada. Sua figura e interpretação foram os momentos mais impactante do espetáculo.[2]
Ivo Bender, 2013
Atua na peça O auto do pastorzinho e seu rebanho, de Ivo Bender, direção de Irene Brietzke, no Paço Municipal de Porto Alegre. No elenco, Araci Esteves, Cecília Niesenblat, Graça Nunes e Maria Lucia Raymundo.
Exposições coletivas
Artistas gaúchos no 6° Festival de Inverno de Ouro Preto, MG.
“I Expo-Arte Universitária”, PUCRS, Porto Alegre. Participa como artista convidada.
"Poemas ilustrados", Ponto de Artes, Porto Alegre.
"Arte Contemporânea", Escola Experimental D. Diogo de Souza, Porto Alegre.
[1] Teniza Spinelli. Magliani: a arte da ilustração. Usina do Porto, Porto Alegre, nov. 1999, p. 8. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] Catálogo da exposição "A Solidão do Corpo", Paço Municipal de Porto Alegre, junho de 2013.
[1] Teniza Spinelli. Magliani: a arte da ilustração. Usina do Porto, Porto Alegre, nov. 1999, p. 8. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[1] Catálogo da exposição "A Solidão do Corpo", Paço Municipal de Porto Alegre, junho de 2013.
[1] Catálogo da exposição "A Solidão do Corpo", Paço Municipal de Porto Alegre, junho de 2013.
1973
Atua ao lado de Sandra Dani e elenco na montagem da Ópera dos três vinténs, de Bertolt Brecht, direção Luiz Paulo Vasconcellos, Clube de Cultura, Porto Alegre.
Cenário para Alzira Power, de Antônio Bivar, direção Paulo Albuquerque, Teatro de Câmara, Porto Alegre.
Cenário e figurinos para Calígula, de Camus, direção Miguel Grant, Teatro de Arena, Porto Alegre.
Exposições coletivas
Inauguração da Galeria Guignard, Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre.
Mostra de ex-alunos do Instituto de Artes da UFRGS, organização do Centro Acadêmico Tasso Corrêa, Galeria de Arte Universitária, Porto Alegre.
“Poemas ilustrados”, Galeria Ponto de Arte, Porto Alegre.
“Três pintores negros”, com J. Altair e Paulo Chimendes, Galeria de Arte do Teatro de Câmara, Porto Alegre. Exposição organizada pelo Grupo Palmares de Porto Alegre em homenagem ao aniversário da morte de Zumbi.
Atua ao lado de Sandra Dani e elenco na montagem da Ópera dos três vinténs, de Bertolt Brecht, direção Luiz Paulo Vasconcellos, Clube de Cultura, Porto Alegre.
Cenário para Alzira Power, de Antônio Bivar, direção Paulo Albuquerque, Teatro de Câmara, Porto Alegre.
Cenário e figurinos para Calígula, de Camus, direção Miguel Grant, Teatro de Arena, Porto Alegre.
Exposições coletivas
Inauguração da Galeria Guignard, Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre.
Mostra de ex-alunos do Instituto de Artes da UFRGS, organização do Centro Acadêmico Tasso Corrêa, Galeria de Arte Universitária, Porto Alegre.
“Poemas ilustrados”, Galeria Ponto de Arte, Porto Alegre.
“Três pintores negros”, com J. Altair e Paulo Chimendes, Galeria de Arte do Teatro de Câmara, Porto Alegre. Exposição organizada pelo Grupo Palmares de Porto Alegre em homenagem ao aniversário da morte de Zumbi.
1974
Passa a trabalhar como ilustradora e diagramadora do jornal Folha da Manhã, de Porto Alegre, permanecendo nesse cargo até 1979. Na redação dos jornais faz um grande número de amigos, entre eles. Mariza Scopel, Léo Tavejnhansky, Rosvita Laux, Eduardo San Martin, Maria da Graça Guindani e Valdir Zwetsch.
Integra a equipe supervisionada por Vaniá Brown junto à Tenda da Cultura, projeto que leva ensino da pintura a populações mais ou menos marginalizadas. Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Porto Alegre.
Cenário e figurinos para Aventuras de um diabo malandro, Teatro de Arena, Porto Alegre.
Cenário para A noite dos assassinos, de Roma Mahieu, Teatro de Câmara, Porto Alegre.
Faz curso de aperfeiçoamento em litografia com Danúbio Gonçalves, no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre.
Exposição conjunta
“Mostra a dois”, de Magliani e Roseane Silva, Galeria Gerdau, Porto Alegre.
Seu trabalho anterior, tantas vezes lírico, complementado por frases poéticas, dá lugar agora, em sua maturidade, a uma intensa crítica social, focalizando uma das situações mais angustiantes da vida do homem contemporâneo – a falta de tempo, a pressa, a correria sem sentido que traz consigo a alienação das coisas essenciais da vida.[1]
Teniza Spinelli, 1974
[1] Teniza Spinelli. Pinturas de Magliani na Gerdau, Correio do Povo, Porto Alegre, 1974. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1975
Cenário para Em palpos de aranha, show de Giba Giba e Wanderley Falkenberg, no teatro do Círculo Social Israelita, em Porto Alegre.
Capa, planejamento gráfico e ilustrações para o livro independente Há margem, planejamento editorial de Licínio de Azevedo, Sérgio Caparelli e Eduardo San Martin, Lume Editora, Porto Alegre.
Ilustração para a capa do livro de Barbosa Lessa e Paixão Côrtes, Danças e andanças da tradição gaúcha, Editora Garatuja, Porto Alegre.
Ilustração para o conto de Sérgio Caparelli, Memórias de Teotônio, o segundo da lista, publicado na antologia Teia, Lume Editora, Porto Alegre.
Exposições coletivas
Mostra de reinauguração da Galeria Sete Povos, Porto Alegre
Mostra de inauguração da Galeria Eucatexpo, Porto Alegre.
“Mini-trabalhos”, Galeria do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Porto Alegre.
Passa a trabalhar como ilustradora e diagramadora do jornal Folha da Manhã, de Porto Alegre, permanecendo nesse cargo até 1979. Na redação dos jornais faz um grande número de amigos, entre eles. Mariza Scopel, Léo Tavejnhansky, Rosvita Laux, Eduardo San Martin, Maria da Graça Guindani e Valdir Zwetsch.
Integra a equipe supervisionada por Vaniá Brown junto à Tenda da Cultura, projeto que leva ensino da pintura a populações mais ou menos marginalizadas. Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Porto Alegre.
Cenário e figurinos para Aventuras de um diabo malandro, Teatro de Arena, Porto Alegre.
Cenário para A noite dos assassinos, de Roma Mahieu, Teatro de Câmara, Porto Alegre.
Faz curso de aperfeiçoamento em litografia com Danúbio Gonçalves, no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre.
Exposição conjunta
“Mostra a dois”, de Magliani e Roseane Silva, Galeria Gerdau, Porto Alegre.
Seu trabalho anterior, tantas vezes lírico, complementado por frases poéticas, dá lugar agora, em sua maturidade, a uma intensa crítica social, focalizando uma das situações mais angustiantes da vida do homem contemporâneo – a falta de tempo, a pressa, a correria sem sentido que traz consigo a alienação das coisas essenciais da vida.[1]
Teniza Spinelli, 1974
[1] Teniza Spinelli. Pinturas de Magliani na Gerdau, Correio do Povo, Porto Alegre, 1974. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1975
Cenário para Em palpos de aranha, show de Giba Giba e Wanderley Falkenberg, no teatro do Círculo Social Israelita, em Porto Alegre.
Capa, planejamento gráfico e ilustrações para o livro independente Há margem, planejamento editorial de Licínio de Azevedo, Sérgio Caparelli e Eduardo San Martin, Lume Editora, Porto Alegre.
Ilustração para a capa do livro de Barbosa Lessa e Paixão Côrtes, Danças e andanças da tradição gaúcha, Editora Garatuja, Porto Alegre.
Ilustração para o conto de Sérgio Caparelli, Memórias de Teotônio, o segundo da lista, publicado na antologia Teia, Lume Editora, Porto Alegre.
Exposições coletivas
Mostra de reinauguração da Galeria Sete Povos, Porto Alegre
Mostra de inauguração da Galeria Eucatexpo, Porto Alegre.
“Mini-trabalhos”, Galeria do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Porto Alegre.
1976
Participa de uma das primeiras reuniões de artistas que dariam origem, posteriormente, ao Grupo Nervo Óptico, em Porto Alegre, voltadas à discussão e à produção de arte contemporânea. Magliani não chega a integrar o grupo, que dissolve-se em 1978.
Cenário para a peça O jogo da caça ao pássaro, Teatro de Câmara, Porto Alegre.
Capa e ilustrações para Andrômeda, de Sérgio Caparelli, Editora Movimento – SEC-RS, Porto Alegre.
Ilustração para a capa de A história do demônio, de Fernando G. Sampaio, Editora Garatuja, Porto Alegre.
Ilustração para a capa da primeira edição da Revista Paralelo, Porto Alegre.
Exposição individual
"Anotações para uma história", pinturas e colagens no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, ainda na sua sede provisória na Av. Senador Salgado Filho, sob direção de Luiz Inácio Medeiros, Porto Alegre. Magliani doa, ao museu, o óleo Anotações para uma estória – Passantes (1976) e, nos anos seguintes, duas pinturas e dois desenhos. Até fevereiro de 2022, o acervo contará com 16 obras de Maria Lídia Magliani, sendo a coleção pública mais representativa de seu trabalho.
"Não sei porque as pessoas se assustam tanto com a ficção. A realidade é muito pior". Esta observação é da pintora Magliani. Sua exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul é um corte irônico e cruel de uma sociedade onde o mecanismo do poder esmaga o cotidiano e o individual. É a representação plástica de todo um contexto repressivo que as pessoas sofrem, mas não querem admitir conscientemente que sofrem. Então se chocam com o que veem pintado nas telas, esquecendo que a realidade supera a representação.[1]
Angélica de Moraes, 1976
Exposição coletiva
"A figura humana", Galeria de Arte do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Porto Alegre.
[1] Angélica de Moraes. Obra crítica chocou público acostumado à submissão do artista plástico. Folha da Manhã, Porto Alegre, 20 maio 1976. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
Participa de uma das primeiras reuniões de artistas que dariam origem, posteriormente, ao Grupo Nervo Óptico, em Porto Alegre, voltadas à discussão e à produção de arte contemporânea. Magliani não chega a integrar o grupo, que dissolve-se em 1978.
Cenário para a peça O jogo da caça ao pássaro, Teatro de Câmara, Porto Alegre.
Capa e ilustrações para Andrômeda, de Sérgio Caparelli, Editora Movimento – SEC-RS, Porto Alegre.
Ilustração para a capa de A história do demônio, de Fernando G. Sampaio, Editora Garatuja, Porto Alegre.
Ilustração para a capa da primeira edição da Revista Paralelo, Porto Alegre.
Exposição individual
"Anotações para uma história", pinturas e colagens no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, ainda na sua sede provisória na Av. Senador Salgado Filho, sob direção de Luiz Inácio Medeiros, Porto Alegre. Magliani doa, ao museu, o óleo Anotações para uma estória – Passantes (1976) e, nos anos seguintes, duas pinturas e dois desenhos. Até fevereiro de 2022, o acervo contará com 16 obras de Maria Lídia Magliani, sendo a coleção pública mais representativa de seu trabalho.
"Não sei porque as pessoas se assustam tanto com a ficção. A realidade é muito pior". Esta observação é da pintora Magliani. Sua exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul é um corte irônico e cruel de uma sociedade onde o mecanismo do poder esmaga o cotidiano e o individual. É a representação plástica de todo um contexto repressivo que as pessoas sofrem, mas não querem admitir conscientemente que sofrem. Então se chocam com o que veem pintado nas telas, esquecendo que a realidade supera a representação.[1]
Angélica de Moraes, 1976
Exposição coletiva
"A figura humana", Galeria de Arte do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Porto Alegre.
[1] Angélica de Moraes. Obra crítica chocou público acostumado à submissão do artista plástico. Folha da Manhã, Porto Alegre, 20 maio 1976. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1977
Ilustrações para as revistas Cultura Contemporânea e Paralelo, Porto Alegre.
Ilustração para o conto de Mariza Scopel, Pântano do sul dia de sol, publicado no livro Vício da palavra, uma antologia de novos autores, incluindo Valdir Zwetsch, Caio Fernando Abreu, Nei Duclós, Eduardo San Martin e outros. Edições Cooperativas Garnizé, São Paulo.
Exposição individual
Galeria de Arte do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Porto Alegre.
Neste tema das mulheres faço questão do volume, quero que as figuras saiam de dentro da tela e sufoquem, em gordura, o espectador.[1]
Magliani, 1977
Exposições coletivas
Galeria Kastrup, Porto Alegre.
I Salão de Desenho do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Recebe o primeiro prêmio com desenho da série Ela.
IV Salão Nacional de Artes Plásticas da Caixego. Prêmio Aquisição em Pintura com obra da série Ela, que passa a integrar o acervo do Museu de Arte Contemporânea de Goiás.
Quanto a mim, invento tudo, não aceito a padronização. Meus cabelos estão na moda vassoura, porque padronizaram, industrializaram o black power. Minha maquilagem eu mesma crio. Não faço as unhas, porque mexo com tintas e ácidos. [...] Gosto de pensar que sou um quadro e, então, às vezes, me repinto de novo.[2]
Folha da Tarde, 1977
[1] Luiz Carlos Lisboa. Magliani inaugura individual. Zero Hora, Porto Alegre, 5 set. 1977. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] Trapos velhos, fios, bugigangas, horas de lazer, muita imaginação e se faz uma roupa bem criativa. Folha da Tarde, Porto Alegre, 26 fev. 1977, p. 26. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
Ilustrações para as revistas Cultura Contemporânea e Paralelo, Porto Alegre.
Ilustração para o conto de Mariza Scopel, Pântano do sul dia de sol, publicado no livro Vício da palavra, uma antologia de novos autores, incluindo Valdir Zwetsch, Caio Fernando Abreu, Nei Duclós, Eduardo San Martin e outros. Edições Cooperativas Garnizé, São Paulo.
Exposição individual
Galeria de Arte do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Porto Alegre.
Neste tema das mulheres faço questão do volume, quero que as figuras saiam de dentro da tela e sufoquem, em gordura, o espectador.[1]
Magliani, 1977
Exposições coletivas
Galeria Kastrup, Porto Alegre.
I Salão de Desenho do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Recebe o primeiro prêmio com desenho da série Ela.
IV Salão Nacional de Artes Plásticas da Caixego. Prêmio Aquisição em Pintura com obra da série Ela, que passa a integrar o acervo do Museu de Arte Contemporânea de Goiás.
Quanto a mim, invento tudo, não aceito a padronização. Meus cabelos estão na moda vassoura, porque padronizaram, industrializaram o black power. Minha maquilagem eu mesma crio. Não faço as unhas, porque mexo com tintas e ácidos. [...] Gosto de pensar que sou um quadro e, então, às vezes, me repinto de novo.[2]
Folha da Tarde, 1977
[1] Luiz Carlos Lisboa. Magliani inaugura individual. Zero Hora, Porto Alegre, 5 set. 1977. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] Trapos velhos, fios, bugigangas, horas de lazer, muita imaginação e se faz uma roupa bem criativa. Folha da Tarde, Porto Alegre, 26 fev. 1977, p. 26. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1978
Ilustrações para o jornal Versus, de São Paulo, periódico que denuncia regimes autoritários na América Latina por meio de narrativas de ficção, quadrinhos, pinturas e poesia.
Colabora com ilustrações para o primeiro número da revista Tição, veículo da imprensa alternativa de Porto Alegre que atua, nesse período, no combate ao racismo no Rio Grande do Sul.
Publica carta na edição número 4 do histórico Lampião da Esquina, jornal que aborda temas como repressão e liberdade de homens gays, travestis, lésbicas, mulheres, pessoas negras e povos originários. Nela, Magliani fala dos preconceitos no Sul do País, especialmente contra os hoje chamados LGBTQI+.
O gueto dentro do gueto? Pressinto, em algumas entrelinhas, uma certa tendência em discriminar uma parcela que talvez seja a mais necessitada de atenção e a mais alijada, inclusive social, cultural e economicamente, a que o Sr. Ferreira chama de 'bichórdia' de uma forma tão cruelmente pejorativa. Não creio que o jornal assuma esse tipo de 'luta de classes', porque estaria, no meu entender, anulando boa parte do esforço de acordar o homo brasileiro.[1]
Magliani, 1978
Participa do Projeto Arco-Íris, Funarte, Rio de Janeiro.
Exposição conjunta
Magliani e João Carlos Henz, Galeria Eucatexpo, Brasília, DF.
[1] Carta de Magliani publicada no jornal Lampião da Esquina, n. 4, ago. 1978, p. 17.
1979
Seu pai, Antonio Magliani, falece em 28 de maio.
Painéis para o espetáculo A libertação do diretor-presidente, texto e direção de Julio Zanotta Vieira e produção de Catulo Parra, Teatro Renascença, Porto Alegre. As três pinturas que compunham o cenário integram o acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul.
Exposição individual
“Magliani: Brinquedo de armar”, Galeria de Arte Independência, Porto Alegre.
Chega de dizer que Magliani é a artista do protesto, do pessimismo, do áspero. O cúmulo do comodismo e da covardia é fechar alguém, rotular para poder se relacionar com ele. No caso de Magliani estereotipar é bom para olhar suas figuras sem abater-se. Nela a identificação é perigosa. Implica em admitir certas falhas essenciais, que repetimos a cada dia por uma estrutura viciosa.[1]
Zero Hora, 1979
Exposições coletivas
"Figuração referencial", XI Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, Museu de Arte da Pampulha.
Artistas gaúchos, texto de apresentação de Jacob Klintowitz, saguão do Banco de Boston, São Paulo.
Artistas gaúchos, Washington, EUA.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participa com três pinturas a óleo da série Brinquedos de armar, concebidas como um tríptico.
[1] Brinquedos de armar, nova série de Magliani. Zero Hora, Porto Alegre, 15 maio 1979. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1980
Transfere-se para São Paulo, em fevereiro.
Trabalha como ilustradora para o Folhetim, suplemento dominical de cultura do jornal Folha de São Paulo, até o final de 1982.
Atua temporariamente na montagem carioca de O senhor Galindez, de Eduardo Pavlovsky, espetáculo porto-alegrense dirigido por Paulo Albuquerque, com assistência de Nyrce Levin.
Estar no palco me trouxe uma nova maneira de perceber o espaço que passou a fazer parte do espaço na pintura.[1]
Magliani, 2010
Ilustrações em xilogravura para O círculo do suicida, de Eduardo San Martin, publicado no ano seguinte pela Editora Margem, Porto Alegre.
Exposição individual
Spazio Pirandello, São Paulo. Criado por Antonio Maschio e Wladimir Soares, o misto de bar cult e restaurante era muito badalado na época. Magliani expõe no local em novembro, com ótima performance nas vendas.
Passei os últimos três anos trabalhando lá [em São Paulo] e aqui. Tenho muitos amigos, não é uma coisa suicida. Há a possibilidade de trabalhar com ilustração que eu gosto muito. Mas não quero ficar plantada em São Paulo. Aí é a mesma coisa que ficar aqui. [...] Quero me dedicar mais à minha pintura que precisa cada vez mais de concentração e não ficar me dispersando num emprego.[2]
Magliani, 1980
Exposição coletiva
Panorama da Arte Atual Brasileira – Desenho e Gravura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participa com três desenhos da série Brinquedo de armar, os quais doa ao museu, em 1995.
[1] Michele Rolim. Lutar para não ceder. Jornal do Comércio, Porto Alegre, 10 dez. 2010.
[2] Magliani abandona Porto Alegre "para não estagnar". Folha da Manhã, Porto Alegre, 13 fev. 1980, p. 17. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
Ilustrações para o jornal Versus, de São Paulo, periódico que denuncia regimes autoritários na América Latina por meio de narrativas de ficção, quadrinhos, pinturas e poesia.
Colabora com ilustrações para o primeiro número da revista Tição, veículo da imprensa alternativa de Porto Alegre que atua, nesse período, no combate ao racismo no Rio Grande do Sul.
Publica carta na edição número 4 do histórico Lampião da Esquina, jornal que aborda temas como repressão e liberdade de homens gays, travestis, lésbicas, mulheres, pessoas negras e povos originários. Nela, Magliani fala dos preconceitos no Sul do País, especialmente contra os hoje chamados LGBTQI+.
O gueto dentro do gueto? Pressinto, em algumas entrelinhas, uma certa tendência em discriminar uma parcela que talvez seja a mais necessitada de atenção e a mais alijada, inclusive social, cultural e economicamente, a que o Sr. Ferreira chama de 'bichórdia' de uma forma tão cruelmente pejorativa. Não creio que o jornal assuma esse tipo de 'luta de classes', porque estaria, no meu entender, anulando boa parte do esforço de acordar o homo brasileiro.[1]
Magliani, 1978
Participa do Projeto Arco-Íris, Funarte, Rio de Janeiro.
Exposição conjunta
Magliani e João Carlos Henz, Galeria Eucatexpo, Brasília, DF.
[1] Carta de Magliani publicada no jornal Lampião da Esquina, n. 4, ago. 1978, p. 17.
1979
Seu pai, Antonio Magliani, falece em 28 de maio.
Painéis para o espetáculo A libertação do diretor-presidente, texto e direção de Julio Zanotta Vieira e produção de Catulo Parra, Teatro Renascença, Porto Alegre. As três pinturas que compunham o cenário integram o acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul.
Exposição individual
“Magliani: Brinquedo de armar”, Galeria de Arte Independência, Porto Alegre.
Chega de dizer que Magliani é a artista do protesto, do pessimismo, do áspero. O cúmulo do comodismo e da covardia é fechar alguém, rotular para poder se relacionar com ele. No caso de Magliani estereotipar é bom para olhar suas figuras sem abater-se. Nela a identificação é perigosa. Implica em admitir certas falhas essenciais, que repetimos a cada dia por uma estrutura viciosa.[1]
Zero Hora, 1979
Exposições coletivas
"Figuração referencial", XI Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, Museu de Arte da Pampulha.
Artistas gaúchos, texto de apresentação de Jacob Klintowitz, saguão do Banco de Boston, São Paulo.
Artistas gaúchos, Washington, EUA.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participa com três pinturas a óleo da série Brinquedos de armar, concebidas como um tríptico.
[1] Brinquedos de armar, nova série de Magliani. Zero Hora, Porto Alegre, 15 maio 1979. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1980
Transfere-se para São Paulo, em fevereiro.
Trabalha como ilustradora para o Folhetim, suplemento dominical de cultura do jornal Folha de São Paulo, até o final de 1982.
Atua temporariamente na montagem carioca de O senhor Galindez, de Eduardo Pavlovsky, espetáculo porto-alegrense dirigido por Paulo Albuquerque, com assistência de Nyrce Levin.
Estar no palco me trouxe uma nova maneira de perceber o espaço que passou a fazer parte do espaço na pintura.[1]
Magliani, 2010
Ilustrações em xilogravura para O círculo do suicida, de Eduardo San Martin, publicado no ano seguinte pela Editora Margem, Porto Alegre.
Exposição individual
Spazio Pirandello, São Paulo. Criado por Antonio Maschio e Wladimir Soares, o misto de bar cult e restaurante era muito badalado na época. Magliani expõe no local em novembro, com ótima performance nas vendas.
Passei os últimos três anos trabalhando lá [em São Paulo] e aqui. Tenho muitos amigos, não é uma coisa suicida. Há a possibilidade de trabalhar com ilustração que eu gosto muito. Mas não quero ficar plantada em São Paulo. Aí é a mesma coisa que ficar aqui. [...] Quero me dedicar mais à minha pintura que precisa cada vez mais de concentração e não ficar me dispersando num emprego.[2]
Magliani, 1980
Exposição coletiva
Panorama da Arte Atual Brasileira – Desenho e Gravura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participa com três desenhos da série Brinquedo de armar, os quais doa ao museu, em 1995.
[1] Michele Rolim. Lutar para não ceder. Jornal do Comércio, Porto Alegre, 10 dez. 2010.
[2] Magliani abandona Porto Alegre "para não estagnar". Folha da Manhã, Porto Alegre, 13 fev. 1980, p. 17. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1981
Exposições individuais
Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, Piracicaba, SP.
Galeria de Arte do Centro Comercial, Porto Alegre. A mostra inclui as séries Pin-up, Encontros numa esquina e Retratos falados.
A evolução notável da obra da artista tem seu ponto forte na coerência. Crítica mordaz e quase candente da situação da mulher e da sociedade de consumo, seu trabalho tem a força das verdades inteiras e seu expressionismo é filho direto do realismo. Afinal, a decadência e a hipocrisia não são belezas. O desenho, especialmente nos trabalhos com lápis de cor, tem traços tão violentos que parecem resultado de um processo de raiva, sem perder a intencionalidade que caracteriza certos poemas de Garcia Lorca.[1]
Luiz Inácio Medeiros, 1981
Exposições coletivas
Desenhos, Galeria Suzanna Sassoun, São Paulo. Expõe com Silvio Dworecki, Rubens Matuck e Marcio Périgo, texto de apresentação de Renina Katz.
Mostra de desenho e gravura do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
1º Salão de Arte de Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria, RS. Recebe o segundo prêmio em desenho.
II Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais, Paço das Artes, São Paulo.
1982
A partir desse ano, até 1984, ministra aulas particulares de pintura em São Paulo.
Ilustração para o jornal Mulherio, criado pelas pesquisadoras Fúlvia Rosemberg e Adélia Borges da Fundação Carlos Chagas, em São Paulo, envolvidas com o estudo da condição feminina no Brasil.
Exposição individual
Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, Piracicaba, SP.
Exposições coletivas
1º Salão Paulista de Arte Contemporânea, Fundação Bienal, São Paulo.
Casa das Artes Plásticas, Campinas, SP.
[1] Luiz Inácio Medeiros. Força e Coerência. Correio do Povo, Porto Alegre, 29 nov. 1981. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
Exposições individuais
Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, Piracicaba, SP.
Galeria de Arte do Centro Comercial, Porto Alegre. A mostra inclui as séries Pin-up, Encontros numa esquina e Retratos falados.
A evolução notável da obra da artista tem seu ponto forte na coerência. Crítica mordaz e quase candente da situação da mulher e da sociedade de consumo, seu trabalho tem a força das verdades inteiras e seu expressionismo é filho direto do realismo. Afinal, a decadência e a hipocrisia não são belezas. O desenho, especialmente nos trabalhos com lápis de cor, tem traços tão violentos que parecem resultado de um processo de raiva, sem perder a intencionalidade que caracteriza certos poemas de Garcia Lorca.[1]
Luiz Inácio Medeiros, 1981
Exposições coletivas
Desenhos, Galeria Suzanna Sassoun, São Paulo. Expõe com Silvio Dworecki, Rubens Matuck e Marcio Périgo, texto de apresentação de Renina Katz.
Mostra de desenho e gravura do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
1º Salão de Arte de Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria, RS. Recebe o segundo prêmio em desenho.
II Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais, Paço das Artes, São Paulo.
1982
A partir desse ano, até 1984, ministra aulas particulares de pintura em São Paulo.
Ilustração para o jornal Mulherio, criado pelas pesquisadoras Fúlvia Rosemberg e Adélia Borges da Fundação Carlos Chagas, em São Paulo, envolvidas com o estudo da condição feminina no Brasil.
Exposição individual
Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, Piracicaba, SP.
Exposições coletivas
1º Salão Paulista de Arte Contemporânea, Fundação Bienal, São Paulo.
Casa das Artes Plásticas, Campinas, SP.
[1] Luiz Inácio Medeiros. Força e Coerência. Correio do Povo, Porto Alegre, 29 nov. 1981. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1983
Exposições individuais
"Magliani", Sala de Exposições da Universidade Federal de Santa Maria, RS, curadoria Renato Rosa.
"Desenhos", Galeria de Arte do Centro de Estudos Brasileiros, Embaixada do Brasil em Assunção, Paraguai, com texto de apresentação de Lívio Abramo.
Uma arte vigorosa, espontânea, agressiva e sem concessões – uma arte que evita a beleza em seu sentido clássico e aspira a retratar as "verdades ocultas" do ser humano, sejam elas compreensíveis ou detestáveis – é a arte de Maria Lídia dos Santos Magliani, Lídia Magliani, como ela prefere ser chamada.[1]Livio Abramo, c.1983
Grana como sempre pouca. Vendi inesperadamente quase 400 mil em Sampa, mas sei lá quando vou receber alguma coisa. O que tem entrado fica reinvestido em material e fotos, muitas fotos coloridíssimas para as pastas que Cho tá organizando. Ele já catalogou 418 trabalhos e fotografou quase todos. Tá lindo – tenho uma obra – mas é muito esquisito assistir anos de pinceladas olhando para minha cara.[2]
Magliani, 1983
Exposições coletivas
"Do Passado ao Presente: as artes plásticas no Rio Grande do Sul", Cambona Centro de Artes, Porto Alegre.
"As cores do Grêmio", Galeria do Clube do Comércio, Porto Alegre.
XXXVI Salão de Artes Plásticas de Pernambuco.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
6° Salão Nacional de Artes Plásticas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
"Arte na Rua", projeto de Luciana Brito e Mônica Nador para o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo em que artistas produzem outdoors espalhados pela cidade, em programação paralela à Bienal Internacional de São Paulo. Magliani pinta diretamente nas folhas de papel com tinta acrílica.
Em dezembro, a convite de Angélica de Moraes, participa de iniciativa semelhante promovida pelo Grupo RBS, em Porto Alegre.
[1] Livio Abramo. Ultima Hora, Assunção, Paraguai, [1983], Suplemento Femenino. Acervo documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, São Paulo, 04 nov. 1983. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
Exposições individuais
"Magliani", Sala de Exposições da Universidade Federal de Santa Maria, RS, curadoria Renato Rosa.
"Desenhos", Galeria de Arte do Centro de Estudos Brasileiros, Embaixada do Brasil em Assunção, Paraguai, com texto de apresentação de Lívio Abramo.
Uma arte vigorosa, espontânea, agressiva e sem concessões – uma arte que evita a beleza em seu sentido clássico e aspira a retratar as "verdades ocultas" do ser humano, sejam elas compreensíveis ou detestáveis – é a arte de Maria Lídia dos Santos Magliani, Lídia Magliani, como ela prefere ser chamada.[1]Livio Abramo, c.1983
Grana como sempre pouca. Vendi inesperadamente quase 400 mil em Sampa, mas sei lá quando vou receber alguma coisa. O que tem entrado fica reinvestido em material e fotos, muitas fotos coloridíssimas para as pastas que Cho tá organizando. Ele já catalogou 418 trabalhos e fotografou quase todos. Tá lindo – tenho uma obra – mas é muito esquisito assistir anos de pinceladas olhando para minha cara.[2]
Magliani, 1983
Exposições coletivas
"Do Passado ao Presente: as artes plásticas no Rio Grande do Sul", Cambona Centro de Artes, Porto Alegre.
"As cores do Grêmio", Galeria do Clube do Comércio, Porto Alegre.
XXXVI Salão de Artes Plásticas de Pernambuco.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
6° Salão Nacional de Artes Plásticas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
"Arte na Rua", projeto de Luciana Brito e Mônica Nador para o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo em que artistas produzem outdoors espalhados pela cidade, em programação paralela à Bienal Internacional de São Paulo. Magliani pinta diretamente nas folhas de papel com tinta acrílica.
Em dezembro, a convite de Angélica de Moraes, participa de iniciativa semelhante promovida pelo Grupo RBS, em Porto Alegre.
[1] Livio Abramo. Ultima Hora, Assunção, Paraguai, [1983], Suplemento Femenino. Acervo documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
[2] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, São Paulo, 04 nov. 1983. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
1984
A Pinacoteca do Estado de São Paulo recebe, como doação da artista, uma pintura e um desenho (1984). São as primeiras obras de Maria Lídia Magliani a integrarem uma coleção pública paulista.
Exposições individuais
Pinturas recentes, Galeria Tina Presser, Porto Alegre. Na ocasião, é exibido o curta-metragem em super-8 Anotações para uma história, de Tuio Becker, sobre o trabalho da artista.
"Magliani", Galeria Municipal de Arte, Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Pelotas, RS.
Exposições coletivas
7º Salão Nacional de Artes Plásticas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
"Viva Pelotas Ano II", exposição comemorativa ao aniversário da cidade, Galeria Masson, Pelotas, RS.
1985
Ministra aulas de Desenho na Faculdade de Artes Santa Marcelina, São Paulo.
Minha "biblia" pra pintura, além do livro de técnica do Edson Motta é "O escritor e seus fantasmas", do [Ernesto] Sábato. Minhas alunas não entenderam nada até agora; não conseguem sacar porque mandei que lessem. Um dia darás uma conferência a respeito, talvez elas te entendam melhor que a mim.[1]
Magliani, 1986
Exposições coletivas
"Grupo Gaúcho: pintura", Galeria Alberto Bonfiglioli, São Paulo, texto de Angélica de Moraes.
Dilacerada e trágica, a arte de Magliani discute as relações humanas e suas dificuldades. O universo de sua pintura é a multidão anônima das ruas, onde flagra as expressões e decepções das pessoas que trafegam no limite entre a submissão e a resistência. Mas também pode ser a cena contida entre quatro paredes, os impasses da afetividade onde, observa ela, "os homens nunca se despem, nunca se entregam".[2]
Angélica de Moraes, 1985
"Pinacoteca anos 80", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
XVIII Bienal Internacional de São Paulo – Núcleo Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades, curadoria de Stella Teixeira de Barros e Ivo Mesquita.
[1] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, São Paulo, 25 mar. 1986. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
[2] Angélica de Moraes, catálogo da exposição coletiva "Grupo Gaúcho: pintura", Galeria Alberto Bonfiglioli, São Paulo, 1985. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo recebe, como doação da artista, uma pintura e um desenho (1984). São as primeiras obras de Maria Lídia Magliani a integrarem uma coleção pública paulista.
Exposições individuais
Pinturas recentes, Galeria Tina Presser, Porto Alegre. Na ocasião, é exibido o curta-metragem em super-8 Anotações para uma história, de Tuio Becker, sobre o trabalho da artista.
"Magliani", Galeria Municipal de Arte, Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Pelotas, RS.
Exposições coletivas
7º Salão Nacional de Artes Plásticas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
"Viva Pelotas Ano II", exposição comemorativa ao aniversário da cidade, Galeria Masson, Pelotas, RS.
1985
Ministra aulas de Desenho na Faculdade de Artes Santa Marcelina, São Paulo.
Minha "biblia" pra pintura, além do livro de técnica do Edson Motta é "O escritor e seus fantasmas", do [Ernesto] Sábato. Minhas alunas não entenderam nada até agora; não conseguem sacar porque mandei que lessem. Um dia darás uma conferência a respeito, talvez elas te entendam melhor que a mim.[1]
Magliani, 1986
Exposições coletivas
"Grupo Gaúcho: pintura", Galeria Alberto Bonfiglioli, São Paulo, texto de Angélica de Moraes.
Dilacerada e trágica, a arte de Magliani discute as relações humanas e suas dificuldades. O universo de sua pintura é a multidão anônima das ruas, onde flagra as expressões e decepções das pessoas que trafegam no limite entre a submissão e a resistência. Mas também pode ser a cena contida entre quatro paredes, os impasses da afetividade onde, observa ela, "os homens nunca se despem, nunca se entregam".[2]
Angélica de Moraes, 1985
"Pinacoteca anos 80", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
XVIII Bienal Internacional de São Paulo – Núcleo Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades, curadoria de Stella Teixeira de Barros e Ivo Mesquita.
[1] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, São Paulo, 25 mar. 1986. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
[2] Angélica de Moraes, catálogo da exposição coletiva "Grupo Gaúcho: pintura", Galeria Alberto Bonfiglioli, São Paulo, 1985. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
1986
Exposições coletivas
1ª Bienal Latino Americana de Arte sobre Papel, Museo de Arte Moderno de Buenos Aires, Argentina.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participa com pinturas da série Discussões com Deus, retratando travestis da noite paulistana.
A forma de racismo que sofro de modo mais contundente (não agora, desde muito, muito tempo), além das domésticas e cotidianas é a que parte do princípio de que sendo negra, sou "naturalmente" incapaz de gerir minha vida, meu trabalho, minhas ideias e, portanto, "preciso ser protegida". Dirigida. Uma forma de racismo que se avoluma na medida em que os negros começam a tomar posições consideradas em princípio destinadas aos brancos. E que vai evoluir para um estágio mais agressivo quando os negros se tornarem economicamente ameaçadores para os brancos.[1]
Magliani, 1986
1987
Exposições individuais
"Auto-retrato dentro da jaula", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. A mostra, de caráter retrospectivo, marca os 20 anos de carreira de Maria Lídia Magliani. Curadoria de Cho Dorneles que, desde 1982, vinha catalogando o trabalho da artista.
O olho da pintora é nervoso, a obra fricciona a emoção, os medos, os pudores. É, sim, uma obra despudorada e destemida. Não teme, ao menos que lhe digam: não gosto. Não precisa que gostem. Precisa que a fatura da tela solape a máscara e que o espectador – ele também – deixe cair a sua e se veja vendo a tela, isto é, aprecie o espetáculo de si mesmo sem máscara.[2]
Evelyn Ioschpe, 1987
Pinturas e desenhos, Galeria Tina Presser, Porto Alegre.
Pinturas e desenhos, Espaço Capital, Brasília.
Pinturas e desenhos, Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo, onde são incluídas esculturas em papel machê.
“Magliani: Discussão com Deus”, Galeria Van Gogh, Hotel Manta, Pelotas, RS.
O que me interessa no trabalho atual é a descoberta constante das possibilidades da pintura e seus diversos meios e materiais, induzindo a novos modos de perceber dentro e fora do quadro; a investigação, a reinvenção das formas e das cores.
Meu trabalho é duvidar e começar de novo, fazer e desfazer à imagem e semelhança das minhas indagações e descobertas, aprender/apreender, procurar o meu alfabeto dentro desta linguagem.[3]
Magliani, 1987
Exposições coletivas
"Connections Project/Conexus", organizada por Josely Carvalho e Sabra Moore, com texto de apresentação de Lucy Lippard, Museum of Contemporary Hispanic Art, Nova York, EUA.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Arte sobre Papel, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
[1] Magliani em entrevista concedida a Tina Zappoli. Zero Hora, Porto Alegre, 8 mar. 1986, p. 9. Acervo Galeria Tina Zappoli.
[2] Evelyn Ioschpe, "Auto-retrato dentro da jaula", folder da exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1987. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS.
[3] Folder da exposição de pinturas e desenhos, março de 1987. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS
Exposições coletivas
1ª Bienal Latino Americana de Arte sobre Papel, Museo de Arte Moderno de Buenos Aires, Argentina.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participa com pinturas da série Discussões com Deus, retratando travestis da noite paulistana.
A forma de racismo que sofro de modo mais contundente (não agora, desde muito, muito tempo), além das domésticas e cotidianas é a que parte do princípio de que sendo negra, sou "naturalmente" incapaz de gerir minha vida, meu trabalho, minhas ideias e, portanto, "preciso ser protegida". Dirigida. Uma forma de racismo que se avoluma na medida em que os negros começam a tomar posições consideradas em princípio destinadas aos brancos. E que vai evoluir para um estágio mais agressivo quando os negros se tornarem economicamente ameaçadores para os brancos.[1]
Magliani, 1986
1987
Exposições individuais
"Auto-retrato dentro da jaula", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. A mostra, de caráter retrospectivo, marca os 20 anos de carreira de Maria Lídia Magliani. Curadoria de Cho Dorneles que, desde 1982, vinha catalogando o trabalho da artista.
O olho da pintora é nervoso, a obra fricciona a emoção, os medos, os pudores. É, sim, uma obra despudorada e destemida. Não teme, ao menos que lhe digam: não gosto. Não precisa que gostem. Precisa que a fatura da tela solape a máscara e que o espectador – ele também – deixe cair a sua e se veja vendo a tela, isto é, aprecie o espetáculo de si mesmo sem máscara.[2]
Evelyn Ioschpe, 1987
Pinturas e desenhos, Galeria Tina Presser, Porto Alegre.
Pinturas e desenhos, Espaço Capital, Brasília.
Pinturas e desenhos, Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo, onde são incluídas esculturas em papel machê.
“Magliani: Discussão com Deus”, Galeria Van Gogh, Hotel Manta, Pelotas, RS.
O que me interessa no trabalho atual é a descoberta constante das possibilidades da pintura e seus diversos meios e materiais, induzindo a novos modos de perceber dentro e fora do quadro; a investigação, a reinvenção das formas e das cores.
Meu trabalho é duvidar e começar de novo, fazer e desfazer à imagem e semelhança das minhas indagações e descobertas, aprender/apreender, procurar o meu alfabeto dentro desta linguagem.[3]
Magliani, 1987
Exposições coletivas
"Connections Project/Conexus", organizada por Josely Carvalho e Sabra Moore, com texto de apresentação de Lucy Lippard, Museum of Contemporary Hispanic Art, Nova York, EUA.
Panorama da Arte Atual Brasileira – Arte sobre Papel, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
[1] Magliani em entrevista concedida a Tina Zappoli. Zero Hora, Porto Alegre, 8 mar. 1986, p. 9. Acervo Galeria Tina Zappoli.
[2] Evelyn Ioschpe, "Auto-retrato dentro da jaula", folder da exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1987. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS.
[3] Folder da exposição de pinturas e desenhos, março de 1987. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS
1988
Exposições coletivas
"A Mão Afro-Brasileira", Museu de Arte Moderna de São Paulo. Projeto de Emanoel Araujo, que faz um levantamento nacional da produção dos artistas afrodescendentes.
"10 Artistas Riograndenses", Museu de Arte Contemporânea, Montevidéu, Uruguai.
1989
Magliani deixa São Paulo e passa a morar em Tiradentes, MG, buscando um lugar mais tranquilo para trabalhar. Até 1996, reside em três diferentes endereços na cidade.
Ontem vi uma foto de Tiradentes na revista Corpo a Corpo, uma vista geral, e fiquei pensando em qual dos morrinhos você moraria. Pois há de ser, certamente, num morrinho, acertei? E morrinhos e morrinhos a perder de vista no horizonte. Inveja. Inveja do bem, saudável, por você ter cortado os laços com o urbano. Cortou? Eu continuo atado.[1]
Caio Fernando Abreu, 1990
Sua mãe, Eugênia dos Santos Magliani, falece em 12 de julho.
Ministra curso de desenho no Centro de Cultura e Arte da Universidade Federal de Sergipe, Aracajú.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo adquire três desenhos da artista.
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo adquire um desenho da artista.
Exposição individual
"Magliani", Galeria Municipal de Arte, Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Pelotas, RS.
Exposições coletivas
1º Encontro Latino-Americano de Artes Plásticas, Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
"Tina Zappoli visita Saramenha", Galeria Saramenha, Rio de Janeiro.
"Cada cabeça uma sentença", Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora, MG.
"Connections Project/Conexus", Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo.
"Arte Sul 89", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Introspectives: Contemporary Art by Americans and Brazilians of African Descent", organizada por Henry J. Drewal e David C. Driskell, California African American Museum, Los Angeles; Bronx Museum of the Arts, Nova York, EUA, e outros. Exposição itinerante.
Meus amigos me perguntam por que não pinto negros e eu respondo que eu os pinto a cores, na cor de pessoa nenhuma, não cor racial, mas cor. Não uma mulher africana, nem uma mulher brasileira, mas a mulher. [...] Alguns negros me criticam dizendo que meu trabalho não é de preto, mas eu não sei como é pintar negramente. [...] A soma de tudo o que sou está no meu trabalho e é isso que eu quero mostrar.[2]
Magliani, 1989
1990
Em Tiradentes, Magliani integra-se aos artistas da cidade e ajuda a fundar o Grupo LOA – Largo do Ó Arte.
Exposição individual
"em Gerais", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
em Gerais – não apenas estar aqui, entre montanhas. Mas todos os temas, todas as terras, pessoas, paisagens. Todos os possíveis silêncios, espaços e passos nas pedras gastas por tantos outros apaixonados passos. E cores: branco e azul, adobe, terra, verde, telha, cinza, tijolo e sombras.
Pedras, pássaros e plantas. [...] Garimpando um veio onde o outro ainda seja semelhante. E semente.[3]
Magliani, 1990
Junto o texto que escrevi, uma espécie de depoimento de minha permanência até agora nesta aldeia um pouco fora do mundo (não tanto quanto eu gostaria e preciso). Ainda é uma visão romântica, deslumbrada e sentimental, mas é o exato estado em que as coisas se encontram. Ainda preciso viver mais isto e mais coisas para descobrir uma visão mais sintética e essencial.[4]
Magliani, 1990
Exposições coletivas
"Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira", organização Itaú Cultural, inclui apresentação de Rubem Valentim. Exposição itinerante: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Campinas..
"Homenagem a Van Gogh", Galeria Van Gogh, Pelotas, RS.
"Artistas do Grupo LOA", Tiradentes, MG.
[1] Carta de Caio Fernando Abreu a Magliani, 10 jan. 1990. Em: Caio Fernando Abreu, Cartas, org. Italo Moriconi, editora HB, 2016, p. 141.
[2] Mostra afro-americana leva Magliani aos EUA. Zero Hora, Porto Alegre, 29 abr. 1989, Guia Zero Hora, p. 6. Centro de Documentação e Informação, jornal Zero Hora.
[3] Folder da exposição individual "em Gerais", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, 1990. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS.
[4] Carta de Magliani para Marinho Neto, Tiradentes, MG, 7 nov. 1990. Acervo Galeria Tina Zappoli.
Exposições coletivas
"A Mão Afro-Brasileira", Museu de Arte Moderna de São Paulo. Projeto de Emanoel Araujo, que faz um levantamento nacional da produção dos artistas afrodescendentes.
"10 Artistas Riograndenses", Museu de Arte Contemporânea, Montevidéu, Uruguai.
1989
Magliani deixa São Paulo e passa a morar em Tiradentes, MG, buscando um lugar mais tranquilo para trabalhar. Até 1996, reside em três diferentes endereços na cidade.
Ontem vi uma foto de Tiradentes na revista Corpo a Corpo, uma vista geral, e fiquei pensando em qual dos morrinhos você moraria. Pois há de ser, certamente, num morrinho, acertei? E morrinhos e morrinhos a perder de vista no horizonte. Inveja. Inveja do bem, saudável, por você ter cortado os laços com o urbano. Cortou? Eu continuo atado.[1]
Caio Fernando Abreu, 1990
Sua mãe, Eugênia dos Santos Magliani, falece em 12 de julho.
Ministra curso de desenho no Centro de Cultura e Arte da Universidade Federal de Sergipe, Aracajú.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo adquire três desenhos da artista.
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo adquire um desenho da artista.
Exposição individual
"Magliani", Galeria Municipal de Arte, Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Pelotas, RS.
Exposições coletivas
1º Encontro Latino-Americano de Artes Plásticas, Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
"Tina Zappoli visita Saramenha", Galeria Saramenha, Rio de Janeiro.
"Cada cabeça uma sentença", Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora, MG.
"Connections Project/Conexus", Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo.
"Arte Sul 89", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Introspectives: Contemporary Art by Americans and Brazilians of African Descent", organizada por Henry J. Drewal e David C. Driskell, California African American Museum, Los Angeles; Bronx Museum of the Arts, Nova York, EUA, e outros. Exposição itinerante.
Meus amigos me perguntam por que não pinto negros e eu respondo que eu os pinto a cores, na cor de pessoa nenhuma, não cor racial, mas cor. Não uma mulher africana, nem uma mulher brasileira, mas a mulher. [...] Alguns negros me criticam dizendo que meu trabalho não é de preto, mas eu não sei como é pintar negramente. [...] A soma de tudo o que sou está no meu trabalho e é isso que eu quero mostrar.[2]
Magliani, 1989
1990
Em Tiradentes, Magliani integra-se aos artistas da cidade e ajuda a fundar o Grupo LOA – Largo do Ó Arte.
Exposição individual
"em Gerais", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
em Gerais – não apenas estar aqui, entre montanhas. Mas todos os temas, todas as terras, pessoas, paisagens. Todos os possíveis silêncios, espaços e passos nas pedras gastas por tantos outros apaixonados passos. E cores: branco e azul, adobe, terra, verde, telha, cinza, tijolo e sombras.
Pedras, pássaros e plantas. [...] Garimpando um veio onde o outro ainda seja semelhante. E semente.[3]
Magliani, 1990
Junto o texto que escrevi, uma espécie de depoimento de minha permanência até agora nesta aldeia um pouco fora do mundo (não tanto quanto eu gostaria e preciso). Ainda é uma visão romântica, deslumbrada e sentimental, mas é o exato estado em que as coisas se encontram. Ainda preciso viver mais isto e mais coisas para descobrir uma visão mais sintética e essencial.[4]
Magliani, 1990
Exposições coletivas
"Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira", organização Itaú Cultural, inclui apresentação de Rubem Valentim. Exposição itinerante: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Campinas..
"Homenagem a Van Gogh", Galeria Van Gogh, Pelotas, RS.
"Artistas do Grupo LOA", Tiradentes, MG.
[1] Carta de Caio Fernando Abreu a Magliani, 10 jan. 1990. Em: Caio Fernando Abreu, Cartas, org. Italo Moriconi, editora HB, 2016, p. 141.
[2] Mostra afro-americana leva Magliani aos EUA. Zero Hora, Porto Alegre, 29 abr. 1989, Guia Zero Hora, p. 6. Centro de Documentação e Informação, jornal Zero Hora.
[3] Folder da exposição individual "em Gerais", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, 1990. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS.
[4] Carta de Magliani para Marinho Neto, Tiradentes, MG, 7 nov. 1990. Acervo Galeria Tina Zappoli.
1991
Exposições coletivas
"Mulher & Imagem", alusiva ao Dia Internacional da Mulher, Agência de Arte, Porto Alegre. Sala especial.
Galeria Firenze, Pelotas, RS e Espaço Oficina, Rio Grande, RS.
1992
Emanoel Araujo assume a direção da Pinacoteca do Estado de São Paulo e incorpora obras de Magliani ao acervo da instituição, buscando torná-lo mais diverso e representativo.
Exposição conjunta
“Magliani e Maria Tomaselli – Salas Especiais”, Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
Exposições coletivas
"A Arte Brasileira da Academia à Contemporaneidade", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"Mulheres artistas da Pinacoteca", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1993
Exposição coletiva
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Recebe menção honrosa.
1994
Participa de festa de despedida promovida pelos amigos próximos a Caio Fernando Abreu, em São Paulo, que volta a morar com os pais, em Porto Alegre, por problemas de saúde.
Doa uma pintura ao Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, de Pelotas, RS, sua cidade natal.
Exposições coletivas
"Mulher & Imagem", alusiva ao Dia Internacional da Mulher, Agência de Arte, Porto Alegre. Sala especial.
Galeria Firenze, Pelotas, RS e Espaço Oficina, Rio Grande, RS.
1992
Emanoel Araujo assume a direção da Pinacoteca do Estado de São Paulo e incorpora obras de Magliani ao acervo da instituição, buscando torná-lo mais diverso e representativo.
Exposição conjunta
“Magliani e Maria Tomaselli – Salas Especiais”, Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
Exposições coletivas
"A Arte Brasileira da Academia à Contemporaneidade", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"Mulheres artistas da Pinacoteca", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1993
Exposição coletiva
Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Recebe menção honrosa.
1994
Participa de festa de despedida promovida pelos amigos próximos a Caio Fernando Abreu, em São Paulo, que volta a morar com os pais, em Porto Alegre, por problemas de saúde.
Doa uma pintura ao Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, de Pelotas, RS, sua cidade natal.
1995
Por solicitação pessoal de Caio Fernando Abreu, cede ilustração produzida e não utilizada em 1982 para capa da segunda edição do seu livro Inventário do ir-remediável, Editora Sulina, Porto Alegre.
Adorei receber o Inventário e ver finalmente concretizada nossa parceria. Ainda sonho com a continuação dela com uma ilustração para cada conto futuro. Recebi ontem, ainda não comecei a reler. A mudança no título é ótima e, por si, um conto.
O outdoor rosa é mais uma das ironias que tenho enfrentado com muitíssimo bom humor.[1]
Magliani, 1995
Exposições coletivas
"Novas doações", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"Organismos", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
46º Salão de Abril, Ideal Clube, Fortaleza. Participa como artista convidada.
"Arte beneficente", obras doadas por artistas para arrecadar fundos para o Instituto Espírita Dias da Cruz, Espaço Cultural Encol, Porto Alegre.
[1] Carta para Caio Fernando Abreu, Tiradentes, MG, 29 nov. 1995. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
Por solicitação pessoal de Caio Fernando Abreu, cede ilustração produzida e não utilizada em 1982 para capa da segunda edição do seu livro Inventário do ir-remediável, Editora Sulina, Porto Alegre.
Adorei receber o Inventário e ver finalmente concretizada nossa parceria. Ainda sonho com a continuação dela com uma ilustração para cada conto futuro. Recebi ontem, ainda não comecei a reler. A mudança no título é ótima e, por si, um conto.
O outdoor rosa é mais uma das ironias que tenho enfrentado com muitíssimo bom humor.[1]
Magliani, 1995
Exposições coletivas
"Novas doações", Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"Organismos", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
46º Salão de Abril, Ideal Clube, Fortaleza. Participa como artista convidada.
"Arte beneficente", obras doadas por artistas para arrecadar fundos para o Instituto Espírita Dias da Cruz, Espaço Cultural Encol, Porto Alegre.
[1] Carta para Caio Fernando Abreu, Tiradentes, MG, 29 nov. 1995. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
1996
Ao final do ano, volta a residir em São Paulo, retoma o trabalho de ilustradora e passa a atuar no Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo.
Estou desmontando a casa, me livrando de excessos, encaixotando vidas passadas, levando tudo para um pequenissimo ap. no pé do morro onde ficará guardado até que eu encontre um pouso em S. Paulo. Estou terminando pinturas, desenhos, potes, esculturas para mandar tudo para Porto Alegre. Cancelei todas as festividades e exposições comemorativas dos 30 anos de carreira e vou começar tudo de novo. 30 anos deve ser uma boa idade para renascer.[1]
Magliani, 1995
O escritor Caio Fernando Abreu falece no dia 25 de fevereiro, aos 47 anos, em Porto Alegre.
Contribui com o texto Não quero ser fatiada para o livro Nós, os afro-gaúchos, coordenação Euzébio Assumpção e Mário Maestri, editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Descendo de negros e brancos: africanos, espanhóis, alemães e italianos. Não sou afro-gaúcha, íbero-gaúcha, teuto-gaúcha ou ítalo-gaúcha. Sou brasileira, nascida no Rio Grande do Sul. Isto é o bastante. Não quero escolher uma raça em função da cor da minha pele. Não quero ser fatiada, dividida em porções, me aceito como soma.[2]
Magliani, 1996
Ministra oficina de desenho de modelo vivo para artistas na Casa das Artes Plásticas de Piracicaba, SP.
Exposição coletiva
"Natureza humana", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
[1] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, Tiradentes, MG, 29 nov. 1995. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
[2] Magliani em: Euzébio Assumpção e Mário Maestri (coord.), Nós, os afro-gaúchos, Porto Alegre, Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1996, p. 100. Acervo Kailã Isaias.
Ao final do ano, volta a residir em São Paulo, retoma o trabalho de ilustradora e passa a atuar no Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo.
Estou desmontando a casa, me livrando de excessos, encaixotando vidas passadas, levando tudo para um pequenissimo ap. no pé do morro onde ficará guardado até que eu encontre um pouso em S. Paulo. Estou terminando pinturas, desenhos, potes, esculturas para mandar tudo para Porto Alegre. Cancelei todas as festividades e exposições comemorativas dos 30 anos de carreira e vou começar tudo de novo. 30 anos deve ser uma boa idade para renascer.[1]
Magliani, 1995
O escritor Caio Fernando Abreu falece no dia 25 de fevereiro, aos 47 anos, em Porto Alegre.
Contribui com o texto Não quero ser fatiada para o livro Nós, os afro-gaúchos, coordenação Euzébio Assumpção e Mário Maestri, editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Descendo de negros e brancos: africanos, espanhóis, alemães e italianos. Não sou afro-gaúcha, íbero-gaúcha, teuto-gaúcha ou ítalo-gaúcha. Sou brasileira, nascida no Rio Grande do Sul. Isto é o bastante. Não quero escolher uma raça em função da cor da minha pele. Não quero ser fatiada, dividida em porções, me aceito como soma.[2]
Magliani, 1996
Ministra oficina de desenho de modelo vivo para artistas na Casa das Artes Plásticas de Piracicaba, SP.
Exposição coletiva
"Natureza humana", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
[1] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, Tiradentes, MG, 29 nov. 1995. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
[2] Magliani em: Euzébio Assumpção e Mário Maestri (coord.), Nós, os afro-gaúchos, Porto Alegre, Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1996, p. 100. Acervo Kailã Isaias.
1997
Passa a residir no Rio de Janeiro, na Rua Joaquim Silva, bairro da Lapa.
Exposição coletiva
"Permanência", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
1998
Cria figurinos para a peça O sapateiro do rei, Grupo Entrevista, Centro Cultural Yves Alves, Tiradentes, MG.
Ilustrações para a revista Tempo e Presença, Rio de Janeiro.
Ministra curso básico de papel machê na Escola Abaporu, Belo Horizonte.
Exposição conjunta
Magliani e Maria José Boaventura, Universidade Federal de Viçosa, MG.
Exposições coletivas
5º e 6º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro. Evento pioneiro na abertura dos ateliês de artistas ao público.
2º Festival de Inverno de Santa Teresa – O Rio sobe de novo a ladeira, Rio de Janeiro.
"Em torno do figurativo", Galeria SESC Copacabana, Rio de Janeiro.
"Arte Erótica", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Brazilian Artists from Rio Grande do Sul", Embaixada do Brasil, Haia, Holanda.
1999
Passa a residir em Porto Alegre, na Rua Duque de Caxias, número 1623, Centro Histórico da cidade.
Ministra curso básico de papel machê no ateliê da artista Lou Borghetti e oficina de pintura sobre papel no Atelier Estággio, ambos em Porto Alegre.
Ilustração para a capa de A torta de girassol, de Rosângela Mello, Editora da UFRGS, Porto Alegre.
Exposições coletivas
7º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"Arquétipos – a próxima ceia", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
2000
Em junho, volta a morar no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa. Passa a utilizar o Estudio Dezenove, juntamente com Ivana Curi, Julio Castro, Paula Erber e Robson Camilo, como espaço de trabalho, produzindo pinturas, desenhos, esculturas e objetos em papel machê.
Ministra oficina de pintura sobre papel no Atelier Livre da Prefeitura, no Atelier Estággio e no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Exposição individual
“Apotropaico”, exposição individual, Galeria Gestual, Porto Alegre.
Exposições coletivas
10º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"Entre séculos", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
Magliani, Ivana Curi, Julio Castro e Paula Erber, Galeria Arte Sumária, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2001
Exposição individual
"Auto retrato", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
Exposições coletivas
11º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"22 artistas do Dicionário de Artes Plásticas", mostra para o lançamento do Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul, de Renato Rosa e Decio Presser, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"14 na Rua", quatorze artistas convidados pelo Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal de Pelotas, RS, apresentam sua produção tendo como suporte outdoors espalhados pela cidade.
Passa a residir no Rio de Janeiro, na Rua Joaquim Silva, bairro da Lapa.
Exposição coletiva
"Permanência", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
1998
Cria figurinos para a peça O sapateiro do rei, Grupo Entrevista, Centro Cultural Yves Alves, Tiradentes, MG.
Ilustrações para a revista Tempo e Presença, Rio de Janeiro.
Ministra curso básico de papel machê na Escola Abaporu, Belo Horizonte.
Exposição conjunta
Magliani e Maria José Boaventura, Universidade Federal de Viçosa, MG.
Exposições coletivas
5º e 6º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro. Evento pioneiro na abertura dos ateliês de artistas ao público.
2º Festival de Inverno de Santa Teresa – O Rio sobe de novo a ladeira, Rio de Janeiro.
"Em torno do figurativo", Galeria SESC Copacabana, Rio de Janeiro.
"Arte Erótica", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Brazilian Artists from Rio Grande do Sul", Embaixada do Brasil, Haia, Holanda.
1999
Passa a residir em Porto Alegre, na Rua Duque de Caxias, número 1623, Centro Histórico da cidade.
Ministra curso básico de papel machê no ateliê da artista Lou Borghetti e oficina de pintura sobre papel no Atelier Estággio, ambos em Porto Alegre.
Ilustração para a capa de A torta de girassol, de Rosângela Mello, Editora da UFRGS, Porto Alegre.
Exposições coletivas
7º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"Arquétipos – a próxima ceia", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
2000
Em junho, volta a morar no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa. Passa a utilizar o Estudio Dezenove, juntamente com Ivana Curi, Julio Castro, Paula Erber e Robson Camilo, como espaço de trabalho, produzindo pinturas, desenhos, esculturas e objetos em papel machê.
Ministra oficina de pintura sobre papel no Atelier Livre da Prefeitura, no Atelier Estággio e no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Exposição individual
“Apotropaico”, exposição individual, Galeria Gestual, Porto Alegre.
Exposições coletivas
10º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"Entre séculos", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
Magliani, Ivana Curi, Julio Castro e Paula Erber, Galeria Arte Sumária, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2001
Exposição individual
"Auto retrato", Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre.
Exposições coletivas
11º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"22 artistas do Dicionário de Artes Plásticas", mostra para o lançamento do Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul, de Renato Rosa e Decio Presser, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
"14 na Rua", quatorze artistas convidados pelo Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal de Pelotas, RS, apresentam sua produção tendo como suporte outdoors espalhados pela cidade.
2002
Em maio, viaja a Paris em companhia de artistas do intercâmbio estabelecido com os Ateliers d'Artistes de Belleville. É sua primeira viagem à Europa.
Em maio, viaja a Paris em companhia de artistas do intercâmbio estabelecido com os Ateliers d'Artistes de Belleville. É sua primeira viagem à Europa.
Exposição coletiva
12º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2003
Participa da fundação da Chave Mestra – Associação dos Artistas Visuais de Santa Teresa, entidade que passa a assumir a organização do evento Arte de Portas Abertas, no Rio de Janeiro.
Participa do Projeto Jovens Aprendizes, orientando oficina de artes plásticas para adolescentes do bairro de Santa Teresa, realizado pelo Arte de Portas Abertas, Rio de Janeiro.
Exposição individual
"Retratos de ninguém", Projeto Vitrine Efêmera, Estudio Dezenove, Rio de Janeiro.
Exposições coletivas
"300 anos de janela", série de intervenções coletivas na Rua Direita, Tiradentes, MG.
“Uma janela para o Brasil”, Portes Ouvertes des Ateliers d'Artistes de Belleville, Paris.
13º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
12º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2003
Participa da fundação da Chave Mestra – Associação dos Artistas Visuais de Santa Teresa, entidade que passa a assumir a organização do evento Arte de Portas Abertas, no Rio de Janeiro.
Participa do Projeto Jovens Aprendizes, orientando oficina de artes plásticas para adolescentes do bairro de Santa Teresa, realizado pelo Arte de Portas Abertas, Rio de Janeiro.
Exposição individual
"Retratos de ninguém", Projeto Vitrine Efêmera, Estudio Dezenove, Rio de Janeiro.
Exposições coletivas
"300 anos de janela", série de intervenções coletivas na Rua Direita, Tiradentes, MG.
“Uma janela para o Brasil”, Portes Ouvertes des Ateliers d'Artistes de Belleville, Paris.
13º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2004
Exposição individual
"Trabalho manual", homenageada na 14ª edição do evento Arte de Portas Abertas, texto de apresentação de Denise Mattar, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
Exposição coletiva
"A Chave Mestra mostra a sua cara", mostra de autorretratos no Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
Exposição individual
"Trabalho manual", homenageada na 14ª edição do evento Arte de Portas Abertas, texto de apresentação de Denise Mattar, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
Exposição coletiva
"A Chave Mestra mostra a sua cara", mostra de autorretratos no Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2005
Em janeiro, passa a residir em São Paulo, na Rua Paim, número 402, região central da cidade. Um incêndio destrói seu arquivo de correspondências trocadas com Caio Fernando Abreu e amigos.
Ministra oficina de papel machê em ciclo coordenado por Julio Castro para o Festival de Inverno do SESC Nova Friburgo, RJ.
Exposição individual
Garagem de Arte Stockinger, Porto Alegre.
Foi muito bom ver tantas pessoas no vernissage, passear pelo Bom Fim, comer nos novos japoneses, a picanha do Barranco, o pão cervejinha no Bauru do Joe’s com a melhor mostarda do mundo, o perfume dos pêssegos nas bancas bem arrumadas, lojas antigas no mesmo lugar. Um Moinhos de Vento que põe a Oscar Freire no chinelo, velhos muito lúcidos, tantos olhos azuis. Mas o melhor mesmo foi a festa dos jacarandás floridos.[1]
Magliani, 2005
Exposição coletiva
"Zona oculta", CEDIM – Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Rio de Janeiro.
A série Alfabeto é fruto da necessidade de obter uma sensação de movimento na superfície da tela usando apenas uma forma repetida diversas vezes. A figura escolhida foi a que me surgiu como a mais passível de mostrar vários comportamentos sem perder a identidade. Por ser uma forma extremamente maleável sugere um conjunto de símbolos, possíveis fundadores de uma escrita; uma leitura a mais para um objeto já pleno de conotações.[2]
Magliani, [2005]
[1] Carta de Magliani para Julio Castro, Porto Alegre, 22 nov. 2005. Acervo Núcleo Magliani.
[2] Depoimento da artista cedido ao CEDIM/RJ. Acervo Núcleo Magliani.
Em janeiro, passa a residir em São Paulo, na Rua Paim, número 402, região central da cidade. Um incêndio destrói seu arquivo de correspondências trocadas com Caio Fernando Abreu e amigos.
Ministra oficina de papel machê em ciclo coordenado por Julio Castro para o Festival de Inverno do SESC Nova Friburgo, RJ.
Exposição individual
Garagem de Arte Stockinger, Porto Alegre.
Foi muito bom ver tantas pessoas no vernissage, passear pelo Bom Fim, comer nos novos japoneses, a picanha do Barranco, o pão cervejinha no Bauru do Joe’s com a melhor mostarda do mundo, o perfume dos pêssegos nas bancas bem arrumadas, lojas antigas no mesmo lugar. Um Moinhos de Vento que põe a Oscar Freire no chinelo, velhos muito lúcidos, tantos olhos azuis. Mas o melhor mesmo foi a festa dos jacarandás floridos.[1]
Magliani, 2005
Exposição coletiva
"Zona oculta", CEDIM – Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Rio de Janeiro.
A série Alfabeto é fruto da necessidade de obter uma sensação de movimento na superfície da tela usando apenas uma forma repetida diversas vezes. A figura escolhida foi a que me surgiu como a mais passível de mostrar vários comportamentos sem perder a identidade. Por ser uma forma extremamente maleável sugere um conjunto de símbolos, possíveis fundadores de uma escrita; uma leitura a mais para um objeto já pleno de conotações.[2]
Magliani, [2005]
[1] Carta de Magliani para Julio Castro, Porto Alegre, 22 nov. 2005. Acervo Núcleo Magliani.
[2] Depoimento da artista cedido ao CEDIM/RJ. Acervo Núcleo Magliani.
2006
Passa a residir na Praia do Peró, em Cabo Frio, RJ.
Em dezembro, volta a morar no Rio de Janeiro, entre a Lapa e Santa Teresa.
Ilustração para a capa de Escoliose – um estudo tridimensional, de René Pedriole, Editora Summus, São Paulo.
Exposição coletiva
16º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2007
Exposições coletivas
"A gaveta do artista", Galeria Mauá da Associação dos Artistas Visuais de Santa Teresa – Chave Mestra, Rio de Janeiro.
17º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"Portas Abertas em Trânsito", SESC Nova Friburgo, RJ.
"Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul – 10 anos", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Passa a residir na Praia do Peró, em Cabo Frio, RJ.
Em dezembro, volta a morar no Rio de Janeiro, entre a Lapa e Santa Teresa.
Ilustração para a capa de Escoliose – um estudo tridimensional, de René Pedriole, Editora Summus, São Paulo.
Exposição coletiva
16º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2007
Exposições coletivas
"A gaveta do artista", Galeria Mauá da Associação dos Artistas Visuais de Santa Teresa – Chave Mestra, Rio de Janeiro.
17º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"Portas Abertas em Trânsito", SESC Nova Friburgo, RJ.
"Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul – 10 anos", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
2008
Viaja a Paris em um intercâmbio entre a Associação Chave Mestra e os Ateliers d'Artistes de Belleville.
Doa seis pinturas da série Um de todos (2003) à Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura de Porto Alegre tendo, pela primeira vez, sua obra representada em acervo público municipal.
A Fundação Vera Chaves Barcellos, de Viamão, RS, adquire sua primeira obra da artista.
Ministra oficina no contexto da Semana do Desenho, no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre.
Exposição individual
Paço Municipal de Porto Alegre.
Exposições coletivas
18º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"1978 – O MARGS em sua nova sede", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
2009
Com a aquisição de uma prensa, suas gravuras em metal e xilogravuras passam a ser impressas no Estudio Dezenove, por Julio Castro, que torna-se seu impressor.
A xilogravura é uma influência direta no meu trabalho e Goeldi talvez seja uma influência maior do que todos os pintores que admiro.[1]
Magliani, 2001
[1] “Fui condenada ao núcleo histórico” (entrevista concedida a Eduardo Veras). Zero Hora, Porto Alegre, 26 maio 2001, Caderno de Cultura, p. 3. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
Viaja a Paris em um intercâmbio entre a Associação Chave Mestra e os Ateliers d'Artistes de Belleville.
Doa seis pinturas da série Um de todos (2003) à Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura de Porto Alegre tendo, pela primeira vez, sua obra representada em acervo público municipal.
A Fundação Vera Chaves Barcellos, de Viamão, RS, adquire sua primeira obra da artista.
Ministra oficina no contexto da Semana do Desenho, no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre.
Exposição individual
Paço Municipal de Porto Alegre.
Exposições coletivas
18º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
"1978 – O MARGS em sua nova sede", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
2009
Com a aquisição de uma prensa, suas gravuras em metal e xilogravuras passam a ser impressas no Estudio Dezenove, por Julio Castro, que torna-se seu impressor.
A xilogravura é uma influência direta no meu trabalho e Goeldi talvez seja uma influência maior do que todos os pintores que admiro.[1]
Magliani, 2001
[1] “Fui condenada ao núcleo histórico” (entrevista concedida a Eduardo Veras). Zero Hora, Porto Alegre, 26 maio 2001, Caderno de Cultura, p. 3. Acervo Documental do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS.
Exposição coletiva
19º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2010
Exposição individual
Pinturas, gravuras e recortes, Casa da Gravura, Porto Alegre.
Depois de tanto tempo de trabalho e de tantas mudanças, todas as influências estão tão misturadas que não há mais sentido em identificá-las. No momento eu digo que tanto Van Gogh quanto Google.[1]
Magliani, 2010
Exposição coletiva
20º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2011
Duas obras suas são adquiridas para a coleção inicial do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, em Salvador.
Exposição individual
"My Baby Just Cares for Me", Museu Imaginário, Bruxelas, Bélgica. Mostra organizada por Julio Castro, que levou os artistas do Estudio Dezenove e alguns coletivos cariocas para ações de arte urbana em Bruxelas no mesmo período da Europalia Brasil.
Exposições coletivas
"Fábrica de fábulas", curadoria de Osvaldo Carvalho, SESC Ramos, Rio de Janeiro.
"O museu sensível: uma visão da obra de artistas mulheres na coleção do MARGS", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
[1] Entrevista concedida a Michele Rolim, Jornal do Comércio, Porto Alegre, nov. 2010. Acervo Núcleo Magliani.
19º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2010
Exposição individual
Pinturas, gravuras e recortes, Casa da Gravura, Porto Alegre.
Depois de tanto tempo de trabalho e de tantas mudanças, todas as influências estão tão misturadas que não há mais sentido em identificá-las. No momento eu digo que tanto Van Gogh quanto Google.[1]
Magliani, 2010
Exposição coletiva
20º Arte de Portas Abertas, Circuito de Ateliers, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
2011
Duas obras suas são adquiridas para a coleção inicial do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, em Salvador.
Exposição individual
"My Baby Just Cares for Me", Museu Imaginário, Bruxelas, Bélgica. Mostra organizada por Julio Castro, que levou os artistas do Estudio Dezenove e alguns coletivos cariocas para ações de arte urbana em Bruxelas no mesmo período da Europalia Brasil.
Exposições coletivas
"Fábrica de fábulas", curadoria de Osvaldo Carvalho, SESC Ramos, Rio de Janeiro.
"O museu sensível: uma visão da obra de artistas mulheres na coleção do MARGS", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
[1] Entrevista concedida a Michele Rolim, Jornal do Comércio, Porto Alegre, nov. 2010. Acervo Núcleo Magliani.
Montagem da exposição "My Baby Just Cares for Me", Museu Imaginário, Bruxelas, 2011.
Acervo Núcleo Magiani
Acervo Núcleo Magiani
2012
Em novembro, é entrevistada por Viviane Gueller, em Porto Alegre. Trata-se da última entrevista conhecida da artista, finalmente publicada em 2022, no contexto da exposição "Magliani", na Fundação Iberê.
Exposição individual
"Procura-se", reunindo sua produção mais recente, em preto e branco, com texto de apresentação de Rubens Pileggi Sá, Estudio Dezenove, Rio de Janeiro.
Magliani, ao trocar o rosto de ninguém por um bule amassado, por um pano enrolado, ou outra coisa qualquer, nos faz pensar sobre a condição imposta não mais ao tolo, ao imbecil, mas a todos nós. Pois há em todos nós o dilema que é o de não ter como fugir e, ao mesmo tempo, não poder deixar de correr. [...] Somos perseguidos pelo fim, mas só podemos perceber isso por uma relação de sensações de proximidade e distância e nunca pela real efetivação de tal encontro. Talvez, por isso, o título dado por Magliani a esta série: Procura-se.[1]
Rubens Pileggi Sá, 2012
Exposições coletivas
"Um de todos", obras das Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta, Paço Municipal de Porto Alegre.
"O triunfo do contemporâneo: 20 anos do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul", Santander Cultural, Porto Alegre.
"Cromomuseu: pós-pictorialismo no contexto museológico", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Da miudeza ao desenho espacial", exposição do acervo de Renato Rosa, Sala da Fonte, Paço Municipal de Porto Alegre.
Exposição conjunta
"Experiência múltipla", com Julio Castro, Casa da Gravura, Porto Alegre. Trata-se da última exposição de Magliani em vida.
Maria Lídia Magliani falece em 21 de dezembro, de parada cardíaca, no Rio de Janeiro, onde é sepultada.
E fico numa ansiedade de por no papel, na tela, tudo o que vai brotando na cabeça enquanto trabalho, todas as imagens, cores e relações. Como se não fosse haver (e não há) vida suficiente pra explicitar todo este mundo interno. E fico achando que perdi tempo demais com outros detalhes da vida, que era preciso ter pintado mais e mais ainda.[2]
Magliani, 1992
[1] Rubens Pileggi Sá, folder da exposição "Procura-se", Estudio Dezenove, Rio de Janeiro, 2012. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS.
[2] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, Tiradentes, MG, 21 mar. 1992. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
Em novembro, é entrevistada por Viviane Gueller, em Porto Alegre. Trata-se da última entrevista conhecida da artista, finalmente publicada em 2022, no contexto da exposição "Magliani", na Fundação Iberê.
Exposição individual
"Procura-se", reunindo sua produção mais recente, em preto e branco, com texto de apresentação de Rubens Pileggi Sá, Estudio Dezenove, Rio de Janeiro.
Magliani, ao trocar o rosto de ninguém por um bule amassado, por um pano enrolado, ou outra coisa qualquer, nos faz pensar sobre a condição imposta não mais ao tolo, ao imbecil, mas a todos nós. Pois há em todos nós o dilema que é o de não ter como fugir e, ao mesmo tempo, não poder deixar de correr. [...] Somos perseguidos pelo fim, mas só podemos perceber isso por uma relação de sensações de proximidade e distância e nunca pela real efetivação de tal encontro. Talvez, por isso, o título dado por Magliani a esta série: Procura-se.[1]
Rubens Pileggi Sá, 2012
Exposições coletivas
"Um de todos", obras das Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta, Paço Municipal de Porto Alegre.
"O triunfo do contemporâneo: 20 anos do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul", Santander Cultural, Porto Alegre.
"Cromomuseu: pós-pictorialismo no contexto museológico", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Da miudeza ao desenho espacial", exposição do acervo de Renato Rosa, Sala da Fonte, Paço Municipal de Porto Alegre.
Exposição conjunta
"Experiência múltipla", com Julio Castro, Casa da Gravura, Porto Alegre. Trata-se da última exposição de Magliani em vida.
Maria Lídia Magliani falece em 21 de dezembro, de parada cardíaca, no Rio de Janeiro, onde é sepultada.
E fico numa ansiedade de por no papel, na tela, tudo o que vai brotando na cabeça enquanto trabalho, todas as imagens, cores e relações. Como se não fosse haver (e não há) vida suficiente pra explicitar todo este mundo interno. E fico achando que perdi tempo demais com outros detalhes da vida, que era preciso ter pintado mais e mais ainda.[2]
Magliani, 1992
[1] Rubens Pileggi Sá, folder da exposição "Procura-se", Estudio Dezenove, Rio de Janeiro, 2012. Arquivo Histórico do Instituto de Artes da UFRGS.
[2] Carta de Magliani para Caio Fernando Abreu, Tiradentes, MG, 21 mar. 1992. Acervo Caio Fernando Abreu/Delfos/PUCRS.
Exposições póstumas
2013
O Estudio Dezenove passa a ser o centro de referência da obra de Magliani e tem início a pesquisa e o levantamento de sua produção.
O Museu Afro Brasil, de São Paulo, adquire dez trabalhos da série Cartas, apresentando-os em sala especial, em paralelo à mostra "A nova mão Afro-brasileira". Incluindo obras em comodato, o museu preserva 16 trabalhos de Magliani em seu acervo.
"Magliani: A Solidão do Corpo", mostra individual em homenagem à artista, com curadoria do marchand Renato Rosa, reunindo no Paço Municipal de Porto Alegre obras de coleções públicas e privadas localizadas no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. O catálogo traz textos e depoimentos de diversos autores e é o primeiro dedicado à obra de Maria Lídia Magliani.
2014
Exposições coletivas
"O cânone pobre: uma arqueologia da precariedade na arte", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Vontade: para tudo na vida", em homenagem aos 20 anos do Museu de Arte Contemporânea do RS, Hospital de Clínicas, Porto Alegre.
"Vestígios do corpo: obras de figura humana no acervo do MARGS", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
2015
Exposição individual
“Em tempo: Magliani e eu”, ilustrações sobre a ditadura militar no Brasil guardadas por 40 anos pelo colega de redação Omar L. de Barros Filho, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Exposições coletivas
"Territórios: artistas afrodescendentes no acervo da Pinacoteca", Pinacoteca do Estado de São Paulo. Maria Lídia Magliani e Rosana Paulino são as duas únicas artistas negras com obras no acervo da Pinacoteca e expostas nessa mostra.
"Era só saudade dos que partiram", curadoria de Emanoel Araujo, Museu Afro Brasil, São Paulo.
2016
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul promove palestra sobre a obra de Magliani com Julio Castro, coordenador do Núcleo Magliani, e Tina Zappoli, galerista. O evento é uma participação do museu na Semana da Consciência Negra.
Exposições coletivas
"Evocações. Doze artistas mulheres e as múltiplas linguagens criativas", curadoria de Emanoel Araujo, Museu Afro Brasil, São Paulo.
"Para matar a saudade", exposição organizada por Maria José Boaventura em homenagem à Magliani e a Fernando Pitta no Centro Cultural Yves Alves, Tiradentes, MG.
A vida e o ofício foram compartilhados entre o que os acolheu e o que ampliou espaços em suas obras. Seus recados e suas ideias ainda pulsam além do tempo. Agora, trocamos olhares. E um abismo de luzes se abre acima de nós e se revela em seus traços e pinceladas. A saudade se funde em azul-violeta, amarelos e vermelhos, transcedentais e profundos.[1]
Maria José Boaventura, 2016
2017
A Universidade Federal do Pampa, em Jaguarão, RS, inaugura, nas dependências do campus, a Galeria Intercultural Magliani, com o propósito de fomentar a produção artística local e regional. O Núcleo Magliani dá suporte à iniciativa, além de ceder um conjunto de gravuras da artista para a mostra inaugural, chamada "Magliani – cartas e impressões".
É inaugurada a Rua Maria Lídia Magliani, no loteamento Bela Vista Sul, bairro Campo Novo, zona sul de Porto Alegre.
Exposições coletivas
Coletiva de gravuras, organização do Estudio Dezenove, durante evento da associação Lézart de la Bievre, Paris, França.
"Outras Matrizes, Novas Poéticas", curadoria de Bruna Araújo e Michaela Blanc, Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro.
2018
O Museu de Arte do Rio, através de seu consultor, Paulo Herkenhoff, adquire do Núcleo Magliani seis pinturas da série Todos.
Exposição individual
"Uma troca: teu olho, minha mão", exposição individual com curadoria de Julio Castro, produção do Estudio Dezenove e apoio cultural da Fundação Bienal do Mercosul, Espaço Multipalco Eva Sopher, Theatro São Pedro, Porto Alegre.
Exposição coletiva
"Isso é coisa de preto – 130 anos da abolição da escravidão", curadoria de Emanoel Araujo, que destaca a presença negra na arte, história e memória brasileiras, Museu Afro Brasil, São Paulo.
2019
Exposição individual
"Idioma-Imagem na gravura de Magliani", curadoria de Maristela Salvatori e Julio Castro, Galeria Maria Lucia Cattani, Prédio da Reitoria da UFRGS, Porto Alegre. Na ocasião, ocorre seminário sobre a obra de Magliani, reunindo Angélica de Moraes, Julio Castro e Neiva Bohns.
É realizada, na Pinacoteca Aldo Locatelli, a primeira exposição de uma série relacionada ao projeto “Mulheres nos Acervos”, das pesquisadoras Cristina Barros, Marina M. Roncatto, Mel Ferrari e Nina Sanmartin, que busca mapear a presença de artistas mulheres nos cinco acervos públicos de Porto Alegre: Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, Pinacoteca Aldo Locatelli e Pinacoteca Ruben Berta.
2020
Exposições coletivas
A Pinacoteca do Estado de São Paulo reformula a apresentação de seu acervo de arte brasileira e inclui duas pinturas de Maria Lídia Magliani.
"Pinacoteca Barão de Santo Ângelo visita Museu Nacional de Belas Artes", Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
"MAM na cidade", projeções de obras do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo em vários locais da cidade de São Paulo, no Dia Nacional da Consciência Negra.
2021
O Estudio Dezenove doa obras de Magliani ao Museu Murilo Mendes, em Juiz de Fora, MG, e ao Museu de Artes Visuais da UNICAMP, em Campinas, SP.
O Museu de Artes Visuais da UNICAMP promove a mesa virtual A arte e seus caminhos de acervamento, dedicada aos atuais processos de representação de artistas nos acervos museais de instituições públicas.
A Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, inaugura o Espaço Maria Lídia Magliani e, no ano seguinte, adquire obra da artista.
2022
Exposição retrospectiva
"Magliani", com curadoria de Denise Mattar e Gustavo Possamai, reúne, na Fundação Iberê, em Porto Alegre, mais de 200 obras da artista, em dois andares da instituição.
Magliani é citada em artigo de Cecilia Fajardo-Hill, Radical Women: Latin American Art, 1960-1985 in retrospect and going forward, no Latin American and Latinx Visual Culture Journal, Volume 4.3 (no prelo), Universidade da Califórnia, EUA. Periódico dedicado a publicar as pesquisas internacionais mais atuais sobre a cultura visual do México, da América Central, da América do Sul e do Caribe, bem como aquelas criadas na diáspora.
Exposição individual
"É infinito agora - mostra individual comemorativa dos 10 anos do falecimento da artista com texto de Osvaldo Carvalho - Estudio Dezenove, RJ.
2013
O Estudio Dezenove passa a ser o centro de referência da obra de Magliani e tem início a pesquisa e o levantamento de sua produção.
O Museu Afro Brasil, de São Paulo, adquire dez trabalhos da série Cartas, apresentando-os em sala especial, em paralelo à mostra "A nova mão Afro-brasileira". Incluindo obras em comodato, o museu preserva 16 trabalhos de Magliani em seu acervo.
"Magliani: A Solidão do Corpo", mostra individual em homenagem à artista, com curadoria do marchand Renato Rosa, reunindo no Paço Municipal de Porto Alegre obras de coleções públicas e privadas localizadas no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. O catálogo traz textos e depoimentos de diversos autores e é o primeiro dedicado à obra de Maria Lídia Magliani.
2014
Exposições coletivas
"O cânone pobre: uma arqueologia da precariedade na arte", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Vontade: para tudo na vida", em homenagem aos 20 anos do Museu de Arte Contemporânea do RS, Hospital de Clínicas, Porto Alegre.
"Vestígios do corpo: obras de figura humana no acervo do MARGS", Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
2015
Exposição individual
“Em tempo: Magliani e eu”, ilustrações sobre a ditadura militar no Brasil guardadas por 40 anos pelo colega de redação Omar L. de Barros Filho, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Exposições coletivas
"Territórios: artistas afrodescendentes no acervo da Pinacoteca", Pinacoteca do Estado de São Paulo. Maria Lídia Magliani e Rosana Paulino são as duas únicas artistas negras com obras no acervo da Pinacoteca e expostas nessa mostra.
"Era só saudade dos que partiram", curadoria de Emanoel Araujo, Museu Afro Brasil, São Paulo.
2016
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul promove palestra sobre a obra de Magliani com Julio Castro, coordenador do Núcleo Magliani, e Tina Zappoli, galerista. O evento é uma participação do museu na Semana da Consciência Negra.
Exposições coletivas
"Evocações. Doze artistas mulheres e as múltiplas linguagens criativas", curadoria de Emanoel Araujo, Museu Afro Brasil, São Paulo.
"Para matar a saudade", exposição organizada por Maria José Boaventura em homenagem à Magliani e a Fernando Pitta no Centro Cultural Yves Alves, Tiradentes, MG.
A vida e o ofício foram compartilhados entre o que os acolheu e o que ampliou espaços em suas obras. Seus recados e suas ideias ainda pulsam além do tempo. Agora, trocamos olhares. E um abismo de luzes se abre acima de nós e se revela em seus traços e pinceladas. A saudade se funde em azul-violeta, amarelos e vermelhos, transcedentais e profundos.[1]
Maria José Boaventura, 2016
2017
A Universidade Federal do Pampa, em Jaguarão, RS, inaugura, nas dependências do campus, a Galeria Intercultural Magliani, com o propósito de fomentar a produção artística local e regional. O Núcleo Magliani dá suporte à iniciativa, além de ceder um conjunto de gravuras da artista para a mostra inaugural, chamada "Magliani – cartas e impressões".
É inaugurada a Rua Maria Lídia Magliani, no loteamento Bela Vista Sul, bairro Campo Novo, zona sul de Porto Alegre.
Exposições coletivas
Coletiva de gravuras, organização do Estudio Dezenove, durante evento da associação Lézart de la Bievre, Paris, França.
"Outras Matrizes, Novas Poéticas", curadoria de Bruna Araújo e Michaela Blanc, Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro.
2018
O Museu de Arte do Rio, através de seu consultor, Paulo Herkenhoff, adquire do Núcleo Magliani seis pinturas da série Todos.
Exposição individual
"Uma troca: teu olho, minha mão", exposição individual com curadoria de Julio Castro, produção do Estudio Dezenove e apoio cultural da Fundação Bienal do Mercosul, Espaço Multipalco Eva Sopher, Theatro São Pedro, Porto Alegre.
Exposição coletiva
"Isso é coisa de preto – 130 anos da abolição da escravidão", curadoria de Emanoel Araujo, que destaca a presença negra na arte, história e memória brasileiras, Museu Afro Brasil, São Paulo.
2019
Exposição individual
"Idioma-Imagem na gravura de Magliani", curadoria de Maristela Salvatori e Julio Castro, Galeria Maria Lucia Cattani, Prédio da Reitoria da UFRGS, Porto Alegre. Na ocasião, ocorre seminário sobre a obra de Magliani, reunindo Angélica de Moraes, Julio Castro e Neiva Bohns.
É realizada, na Pinacoteca Aldo Locatelli, a primeira exposição de uma série relacionada ao projeto “Mulheres nos Acervos”, das pesquisadoras Cristina Barros, Marina M. Roncatto, Mel Ferrari e Nina Sanmartin, que busca mapear a presença de artistas mulheres nos cinco acervos públicos de Porto Alegre: Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, Pinacoteca Aldo Locatelli e Pinacoteca Ruben Berta.
2020
Exposições coletivas
A Pinacoteca do Estado de São Paulo reformula a apresentação de seu acervo de arte brasileira e inclui duas pinturas de Maria Lídia Magliani.
"Pinacoteca Barão de Santo Ângelo visita Museu Nacional de Belas Artes", Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
"MAM na cidade", projeções de obras do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo em vários locais da cidade de São Paulo, no Dia Nacional da Consciência Negra.
2021
O Estudio Dezenove doa obras de Magliani ao Museu Murilo Mendes, em Juiz de Fora, MG, e ao Museu de Artes Visuais da UNICAMP, em Campinas, SP.
O Museu de Artes Visuais da UNICAMP promove a mesa virtual A arte e seus caminhos de acervamento, dedicada aos atuais processos de representação de artistas nos acervos museais de instituições públicas.
A Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, inaugura o Espaço Maria Lídia Magliani e, no ano seguinte, adquire obra da artista.
2022
Exposição retrospectiva
"Magliani", com curadoria de Denise Mattar e Gustavo Possamai, reúne, na Fundação Iberê, em Porto Alegre, mais de 200 obras da artista, em dois andares da instituição.
Magliani é citada em artigo de Cecilia Fajardo-Hill, Radical Women: Latin American Art, 1960-1985 in retrospect and going forward, no Latin American and Latinx Visual Culture Journal, Volume 4.3 (no prelo), Universidade da Califórnia, EUA. Periódico dedicado a publicar as pesquisas internacionais mais atuais sobre a cultura visual do México, da América Central, da América do Sul e do Caribe, bem como aquelas criadas na diáspora.
Exposição individual
"É infinito agora - mostra individual comemorativa dos 10 anos do falecimento da artista com texto de Osvaldo Carvalho - Estudio Dezenove, RJ.
2023
Exposição individual
"Magliani Gráfica" - Panorâmica da produção em gravura. Curadoria de Julio Castro e Sergio Viveiros - Museu de Arte Murilo Mendes - Juiz de Fora, MG.
"Magliani Gráfica" - Exposição Itinerante pelo Rio Grande do Sul nas cidades de Pelotas, Caxias do Sul, Santa Maria e Porto Alegre.
Produção Secretaria Estadual de Cultura (SEDAC), SESC - RS e Estudio Dezenove.
Exposição individual
"Magliani Gráfica" - Panorâmica da produção em gravura. Curadoria de Julio Castro e Sergio Viveiros - Museu de Arte Murilo Mendes - Juiz de Fora, MG.
"Magliani Gráfica" - Exposição Itinerante pelo Rio Grande do Sul nas cidades de Pelotas, Caxias do Sul, Santa Maria e Porto Alegre.
Produção Secretaria Estadual de Cultura (SEDAC), SESC - RS e Estudio Dezenove.
Exposições coletivas
"Funk - Um grito de liberdade e ousadia" - MAR Museu de Arte do Rio, RJ.
"Dos Brasis - Arte e pensamento negro" - SESC Belenzinho, São Paulo, SP.
"Mulheres na Nova Figuração - Corpo e posicionamento" - Galeria Superfície, São Paulo, SP.
"Funk - Um grito de liberdade e ousadia" - MAR Museu de Arte do Rio, RJ.
"Dos Brasis - Arte e pensamento negro" - SESC Belenzinho, São Paulo, SP.
"Mulheres na Nova Figuração - Corpo e posicionamento" - Galeria Superfície, São Paulo, SP.