Julio Castro
Série Passagem, 2017/2018
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Julio Castro faz uso ampliado da gravura, fotografia e pintura, não necessariamente nesta ordem, já que importa muito menos a origem quanto o destino, ou então, o destino quanto origem. De fato, o seu trabalho da série PASSAGEM é uma ars combinatória que mexe com várias instâncias, a linhagem e o anonimato, a serialização e a magia, a memória e a assombração. Assim como com o jogo de significados que abriga a palavra autorretrato em seu interior ou a passagem da imagem através dos suportes-registros. Neste singular trabalho imagético acontece que as identidades jogam a nomear-se de outra forma entre elas, via um retrato duplo e único, espelhamento ambivalente e ambíguo do artista e seu pai, como corresponde à construção de um retrato alegórico que fala de maneira simétrica, e assimetricamente, da face como território de exploração; ou então de um lugar imaginário que é também deslugar existencial, como pertinência e afastamento, memória e esquecimento.
(Fragmento do texto PASSAGEM (Ou o destino quanto origem) de Adolfo Montejo Navas, 2017) AGREGADOS - individual na galeria
HOMENAGEM - vitrine efêmera EXPERIÊNCIA MÚLTIPLA - álbum coletivo OTAWARA - intercâmbio |