junho 2017
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O Estudio Dezenove no Lycée Lazare Ponticcelli
Reunião de trabalhos de uma seleção de artistas ligados ao Estudio Dezenove que possuem em suas produções obras em gravura. O conjunto de trabalhos selecionados visa dar um panorama da produção em papel de artistas que se dedicam a produzir gravura em metal, xilogravura, pirogravura, stencil, entre outras práticas da gravura. Abigail Nunes. Artista brasileira que vive e trabalha entre Paris e Rio de Janeiro. Nos últimos anos tem se dedicado a pesquisar as possibilidades da gravura. No curso de sua produção de monotipias e de gravuras sobre linóleo tem utilizado em seu período no Brasil a oficina de gravura do Estudio Dezenove para essa prática. Catherine Olivier. Realiza pesquisa em pirogravura, técnica que consiste em marcar a fogo superfícies de tecido e entretela. Seu trabalho está inserido nas atividades expositivas do Estudio Dezenove desde 2008, quando se apresentou pela primeira vez no Rio de Janeiro através de um intercâmbio entre o Portas Abertas de Santa Teresa e os Ateliers d’Artistes de Belleville. Darío Ramírez e Mónica Contreras. A dupla de artistas mexicanos além de seus trabalhos individuais produz trabalhos como um coletivo que se intitula CoRa (iniciais dos nomes Contreras e Ramírez) e frequentemente se apresentam assim. Para a mostra em Paris há um trabalho à quatro mãos que a dupla realizou no Rio de Janeiro para uma mostra temática relacionada a São Jorge, o santo guerreiro. Os artistas se integraram às atividades do Estudio Dezenove a partir de 2009 com as relações de intercâmbio iniciadas com artistas mexicanos. Diô Viana. Realiza gravuras, pinturas e desenhos e tem como sinal particular em seu trabalho o regaste da memória da terra das águas. Da infância, o cenário magnífico de Santarém, sua cidade natal, na Amazônia brasileira e a lembrança do movimento das águas que ecoam oníricas na reflexão que fundamenta o seu trabalho. Sua pesquisa busca tornar visível essa memória. No Estudio Dezenove realizou exposição individual em 2015 e tem participado de maneira decisiva nas articulações das ações de intercâmbio com o México onde residiu durante 4 anos. Julio Castro. O papel tem sido o meio de expressão do artista. Das primeiras gravuras e pinturas prosseguindo com outras experiências até chegar à impressões sobre jornal da série de trabalhos monocromáticos e pinturas objeto. Seu trabalho está ligado, sobretudo, à prática da gravura, técnica que ensina na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro desde 2011. Coordena as atividades do Estudio Dezenove com a proposta de ser um agrupamento de artistas na produção e difusão de arte contemporânea fora dos moldes do mercado tradicional. Magliani. A pintora Maria Lídia Magliani (1946/2012) trabalhou durante seus últimos 15 anos de vida no Estudio Dezenove. Nesse período realizou inclusive uma série significativa de xilogravuras, cujo resumo é exibido nessa exposição. Após seu falecimento o Estudio Dezenove passa a organizar o acervo deixado pela artista com o apoio da sua família e cria um núcleo de referência de sua obra envolvendo pesquisa e criação de um arquivo documental para acesso público, dando início a um trabalho de promoção e institucionalização de sua obra. Marcio Zardo. Busca em suas experimentações ativar a palavra através de sua visualidade, sonoridade e fisicalidade. Sugere uma reflexão sobre a própria poesia confrontada com os seus limites, o que resulta numa proposta de prosseguir na desmontagem das estruturas verbais do discurso convencional – insuficiente para abranger o universo da imaginação e da sensibilidade. No Estudio Dezenove participou do Projeto Vitrine Efêmera em 2014 e de algumas exposições coletivas. Michael Sasso. Pintor, desenhista e escultor, e considera-se um neo-naif na xilogravura pela herança de suas primeiras experiências em 2012 com a tradição da gravura de cordel do Nordeste do Brasil, na oficina de Mestre João Pedro de Juazeiro no Ceará. Participou da 9ème Triennale de la Gravure et de l’Estampe petit format de Chamalières, em 2014 na França e atualmente desenvolve seu trabalho na oficina de gravura do Estudio Dezenove no Rio de Janeiro. Otavio Avancini. A serigrafia que Otavio Avancini apresenta nessa mostra foi produzida em 2016 em residência artística na cidade de Oaxaca no México, como parte de um projeto de intercâmbio com artistas mexicanos que o Estudio Dezenove desde 2009 desenvolve. Em Oaxaca o coletivo La Piztola Stencil foi o parceiro foi o parceiro acolhedor para o artista e permitiu que a produção dessa edição se viabilizasse. Tren Colectivo. Formado pela artista argentina Daniela Nigro e pelo brasileiro Pedro Ivo, a dupla é especializada na técnica do stencil que utilizam como principal forma de expressão. Nas ruas, em pinturas murais, realizando oficinas e atuando em trabalhos coletivos ou confeccionando produtos como quadros, pôsteres e camisetas. Em 2016 iniciaram um trabalho com o Estudio Dezenove com a proposta inicial da realização de oficinas onde transmitem o conhecimento da técnica do stencil a artistas e interessados nessa prática artística. |