Monica Mansur
toda imagem invade
dezembro de 2018
toda imagem invade
dezembro de 2018
Imagem Invasora - 2018
O olhar envolve a paisagem. Ela circunda o corpo, entra pelos olhos e resvala nos cantos, dança e se transforma, deforma-se, fragmenta-se, pisca...
Fotografia é a tentativa de inventar um real que acontece quando a luz abraça um espaço e preenche este espaço com as coisas, as paisagens, as pessoas...
Minha pesquisa visual persegue maneiras de capturar este espaço, de mostrar que a paisagem é banhada e trazida pela luz para estar em volta ao redor.
Qualquer possibilidade me interessa, minha paisagem se faz em pedaços, feixes de luz, lampejos vaga-lumes, quebra-cabeças preenchendo um volume entre o olhar e o infinito.
O ínfimo instante, passado-presente luminoso, pisca-pisca capturado, fragmentado e efêmero (fugidio átimo no olho do espectador), contém uma paisagem, inventada e traduzida. Ao apresentar-se, só então torna-se visível. Visível e real neste instante visível.
O tempo não passa deste instante ínfimo, passado, do espaço entre, imaginado.
Esta paisagem efêmera, feita de fragmentos de visão, lampejos de espaço e luz, capturada no percurso do raio infra-vermelho, revela-se pela luz ultra-violeta e fixa-se no azul.
Azul de ar, espaço entre, cianótipo... Volume de paisagem, espaço entre, nuvem e sólido, anteparo e percurso luminoso...
Na vitrine, este espaço entre, este volume, solidifica-se. Na vitrine, a paisagem apresenta e ocupa a interseção, não é lá nem cá... Invade dentro e fora, traz para dentro e leva para fora... Na vitrine, o passeio do observador pela calçada espelha o passeio do criador da narrativa, o capturador dos instantes, o aprisionador da luz, o dono do tempo, o inventor da realidade, o invasor...
Monica Mansur
O olhar envolve a paisagem. Ela circunda o corpo, entra pelos olhos e resvala nos cantos, dança e se transforma, deforma-se, fragmenta-se, pisca...
Fotografia é a tentativa de inventar um real que acontece quando a luz abraça um espaço e preenche este espaço com as coisas, as paisagens, as pessoas...
Minha pesquisa visual persegue maneiras de capturar este espaço, de mostrar que a paisagem é banhada e trazida pela luz para estar em volta ao redor.
Qualquer possibilidade me interessa, minha paisagem se faz em pedaços, feixes de luz, lampejos vaga-lumes, quebra-cabeças preenchendo um volume entre o olhar e o infinito.
O ínfimo instante, passado-presente luminoso, pisca-pisca capturado, fragmentado e efêmero (fugidio átimo no olho do espectador), contém uma paisagem, inventada e traduzida. Ao apresentar-se, só então torna-se visível. Visível e real neste instante visível.
O tempo não passa deste instante ínfimo, passado, do espaço entre, imaginado.
Esta paisagem efêmera, feita de fragmentos de visão, lampejos de espaço e luz, capturada no percurso do raio infra-vermelho, revela-se pela luz ultra-violeta e fixa-se no azul.
Azul de ar, espaço entre, cianótipo... Volume de paisagem, espaço entre, nuvem e sólido, anteparo e percurso luminoso...
Na vitrine, este espaço entre, este volume, solidifica-se. Na vitrine, a paisagem apresenta e ocupa a interseção, não é lá nem cá... Invade dentro e fora, traz para dentro e leva para fora... Na vitrine, o passeio do observador pela calçada espelha o passeio do criador da narrativa, o capturador dos instantes, o aprisionador da luz, o dono do tempo, o inventor da realidade, o invasor...
Monica Mansur